Desde a última segunda-feira dia 20, ocorre uma flexibilização das atividades econômicas em Goiás. Segundo o governo há avaliações diárias quanto a taxa de isolamento social que tem apresentado variações entre 40 e 50%. O Estado nega pressão do setor produtivo para aumentar a flexibilização. Goiás tem 661 caso do novo coronavírus.

Ao Diário de Goiás, o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima, explicou que a gestão tem apostado na tecnologia como uma ferramenta de apoio fundamental para a tomada de decisões.

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Adriano Rocha Lima explicou que não está havendo pressão, mas um diálogo entre todos para que se respeite as recomendações sanitárias. Ele ressalta que há dificuldades em setores como o de academias para retomar as ações neste momento. O governador chegou a se manifestar que pretendia novamente endurecer regras.

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“Não existe pressão, mas conversas e diálogos entre todos. Academia é um setor difícil de liberar nesse momento, pois envolve equipamentos usados por várias pessoas, o ambiente é fechado, possui espaços apertados. Além disso, ao se exercitar, a pessoa transpira muito, sendo difícil usar máscara. É uma série de fatores que impede que seja aberto nesse momento, mas, à medida que a situação for ficando sob controle, vamos avaliando cada caso”, explicou.

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Foi destacado que há uma Sala de Situação no Palácio Pedro Ludovico Teixeira e nela se usa a “Big Data”, ou seja, a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados.

A partir do processamento dos dados é possível ter acesso a informações detalhadas sobre índices que dão um panorama sistêmico de indicadores do cumprimento do isolamento social.

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Foi explicado que os dados são obtidos por meio de acordos e parcerias com as secretarias de Saúde e Economia, a Agência Goiana de Obras Públicas (Goinfra), a Enel, a Redemob e a empresa de tecnologia de geolocalização In Loco.

A subsecretaria de Tecnologia da Informação da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), faz o cruzamento das informações são cruzadas e trabalhadas, dando origem a indicadores como a movimentação de passageiros no transporte público, o consumo de energia elétrica, o tráfego de veículos nas rodovias estaduais e os casos confirmados e óbitos de Covid-19 em Goiás.

O governador Ronaldo Caiado recebe as informações processadas no dia anterior, logo no início da manhã. No decorrer do dia tem condições de tomar decisões baseadas nos dados apresentados.

“Todos os dias, logo no início da manhã, os dados do dia anterior são processados e inseridos no sistema, abastecendo o governador Ronaldo Caiado com essas informações, que podem ser acessadas em painéis instalados na Sala de Situação, localizada no décimo andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, e em qualquer dispositivo, seja ele um tablet, computador ou celular”, informou o secretário.

Índices de Isolamento

Adriano da Rocha Lima tem se preocupado com a redução do isolamento social. Ele ressaltou que há níveis estabelecidos. Foi destacado que hoje o nível está numa condição razoável (amarelo), mas perto de entrar numa condição desfavorável (vermelho).

“Atualmente, esse índice está no nível amarelo, perto de entrar no vermelho, muito em função do comportamento de vários segmentos que estão indo além do que permite o decreto, além de ser reflexo também de flexibilizações excessivas por parte de prefeitos no interior”, explicou.

Na última quinta-feira, o índice de isolamento social atingiu 42,5%. Os índices variam entre 40% e 50%, mais próximo a 40%, sendo que antes da flexibilização os números alternavam entre 60% e 70%.

“Esse valor, posteriormente, caiu e variou entre 50% e 60%, mas, agora, estamos chegando ao índice de 40%. É um número bastante preocupante e, caso essa tendência continue, teremos que reverter parte das flexibilizações”, reforçou.

O secretário disse que no geral os empresários tem atendido orientações, mas que ocorreram interpretações equivocadas e alguns estão descumprindo as recomendações.

“Em geral sim. Houve algumas empresas que tiveram uma interpretação equivocada do decreto, mas isso já foi esclarecido. Agora já está claro que elas só podem funcionar pelo sistema de delivery, sem nenhum tipo de entrega presencial de produtos ao público”, relatou.

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