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Secretário destaca que pouco mudou no isolamento com reabertura do comércio: “pessoas perderam a capacidade de ficar em casa”

Por 4 anos atrás

Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás nesta segunda-feira (27/07), o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira pontuou sobre os últimos quatorze dias que sucederam a reabertura do comércio em Goiânia. Também ressaltou que a maior preocupação no atual momento continua sendo a 44 em que ressaltou ser uma região que “inspira cuidados”

Desde o dia 14 diversos setores comerciais tiveram permissão de reabrir suas portas e na avaliação do gestor “as pessoas perderam a capacidade de ficar em casa” e a flexibilização “não interferiu” no indicador de isolamento social. 

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Moreira explicou que se comparado o índice de isolamento anterior à reabertura pouca coisa se nota de diferente do número após a flexibilização. “Do dia 19 de julho até o dia 25 que foi sábado, deu 38.3% [índice de isolamento]. Enquanto na semana anterior ao comércio fechado, do dia 05 ao dia 11/07, deu 39.5%”. Com uma diferença de aproximadamente 1.5% o secretário considera que “não é um valor significativo”. 

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Apesar de tudo, isso mostra que as pessoas não querem ficar em casa. “A reabertura do comércio não interferiu nesse indicador e é o principal indicador que contribui para o contágio. Nesse ponto, nós acreditamos que a reabertura não interferiu na evolução da doença”, pontua.

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Região da 44: região que “inspira cuidados”

A região da 44 vem sendo uma preocupação já há muito. Foi a última região comercial a ter autorização para reabertura. Segundo o secretário, os representantes da 44 conseguiram por meio de relacionamento diálogo com agências de turismo para evitarem organizar grandes excursões de outros Estados. 

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Porém, faz ressalvas: “No entanto, aquelas caravanas, com carros próprios e vãs, continuam vindo. E nem a Prefeitura, nem a Associação da 44. Por lei, a gente não pode impedir as pessoas de virem para a cidade. Alguns motivos daquela cidade esperar muita atenção nossa, é o fato, de ter trânsito de pessoas fora de Goiânia”, salienta .


Preocupa o fato desses ‘comerciantes-turistas’ trazerem o vírus de outros locais para a capital goiana. “A gente faz um esforço muito grande para poder manter o sistema de saúde funcionando e vem outra pessoa de outra cidade ou estado, com risco de estar contaminado e pode atrapalhar o nosso trabalho aqui na cidade. Esse é o principal motivo”, pontua.

Informações da Secretaria Municipal de Saúde mostram que os número de leitos exclusivos para Covid-19 mantidos pelo município de Goiânia chega à 390, sendo 190 para UTI e 200 enfermaria.

Outro fator que preocupa a Prefeitura é o fato de que na 44 por si só há um campo muito grande de aglomeração. Por mais que os lojistas tentam seguir os protocolos, também existe a figura do ambulante. “A quantidade de comerciantes também é preocupante. Por mais que os comerciantes sigam os protocolos, nas calçadas, nas ruas que estão interditadas, a quantidade de ambulantes aumentou muito e mesmo a Prefeitura fazendo um trabalho intensivo de fiscalização nós não estamos conseguindo eliminar esses problemas”, pontua.


Por esses fatores “e outros”, a 44 “inspira cuidados”.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.