Brasil

Secretário de Saúde Indígena afirma que os Yanomamis estão a mercê do crime organizado

O secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, esteve quatro dias visitando comunidades do território indígena dos yanomami e afirmou que os mais de 30,4 mil moradores da região estão “à mercê do crime organizado”. Como solução, o secretário defende a retirada dos garimpeiros ilegais.

De acordo com as informações, atualmente, são mais de 20 mil garimpeiros que, com sua atividade ilícita, poluem os rios da região e destroem parte da Floresta Amazônica, além de disseminar várias doenças entre os indígenas.

Segundo Tapeba, nem mesmo a presença de militares fortemente armados foi capaz de intimidar os invasores. O secretário contou que só foi possível chegar até as 3 comunidades visitadas com o auxílio das Forças Armadas, que os acompanhou em todo o trajeto.

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O secretário nacional afirma que a situação que os yanomami enfrentam pode ser comparada com cenário de guerra. “Pudemos perceber o estado de degradação em que o povo yanomami tem vivido. O estado de calamidade no território. É um cenário de guerra. E a nossa unidade de saúde indígena, nosso polo-base de Surucucu, assim como a nossa Casa de Apoio à Saúde Indígena [Casai] aqui em Boa vista, são praticamente campos de concentração”, pontuou.

Tapeba elucidou que equipes do Ministério da Saúde estão empenhadas na produção de relatórios com os principais problemas identificados e sugestões para resolvê-los. Os documentos serão enviados à ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Além do levantamento das fragilidades, também foram identificados indícios de possíveis irregularidades em contratos, que podem indicar desvios de recursos para medicamentos e atendimentos de saúde, como horas voo, destinadas ao transporte de suprimentos e profissionais.

O secretário destaca que o governo federal está “acelerando” a exoneração de muitos dos coordenadores que permanecem em seus cargos. “O militarismo aparelhado dentro da saúde indígena representa muito atraso e precisamos resolver isso”, finalizou.

Com informações da Agência Brasil

Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.

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