Titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walisson Moreira afirmou nesta última segunda-feira (27/07) em entrevista ao Diário de Goiás, que por ora, fará valer o decreto estabelecido em 2016 em que se permite a reabertura da Feira Hippie apenas aos sábados e domingo e descartou a possibilidade de autorização às sextas-feiras.
Moreira destaca que o funcionamento da feira às sextas-feiras é praticamente impossível, até mesmo por força de lei e caracterizou às manifestações ocorridas ao longo do último final de semana como ‘irresponsáveis’: “Por lei, não é permitido. E isso tem prejudicado muitos feirantes que precisam trabalhar no sábado e no domingo. Aquelas manifestações foram muito irresponsáveis no meu ponto de vista”, pontuou.
Diversos feirantes não retomaram à atividade no último final de semana e preferiram realizar protestos reivindicando o retorno da feira às sextas-feiras. Uma outra parcela, tentou retornar nos dias que a Prefeitura autorizou: no sábado e domingo.
Walisson ressaltou que apesar de no momento não ter condições de retornar a feira às sextas-feiras, ele levará a reivindicação dos feirantes. Ele e representantes estiveram reunidos ontem para tratar sobre o assunto. “Eu solicitei para que eles fizessem as duas coisas separadas: uma coisa é voltar o funcionamento da Feira Hippie aos sábados e domingos. Outra coisa, é reivindicar a sexta-feira para poder trabalhar. Eles estão vinculando essa reivindicação de sexta com o retorno da feira. Só que tá prejudicando os próprios feirantes.”
Moreira destacou que o trabalho realizado para a reabertura do comércio foi totalmente planejado pela Prefeitura. “Fizemos um trabalho aqui na Prefeitura muito sério e muito técnico para possibilitar a reabertura das feiras especiais e eles acabaram prejudicando neste final de semana, na realidade, muitos feirantes”, pontua.
A decisão, segundo Moreira, não depende apenas da Sedetec. Existe uma série de outras pastas envolvidas na Gestão de Emergência do município. “A permissão para que eles funcionem na sexta-feira não depende apenas de uma perspectiva econômica. Não é uma decisão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Envolve a Secretaria de Saúde, a Guarda Civil Metropolitana, a SMT, com as questões de trânsito envolvidas ali também. São questões multidisciplinares. Eu vou levar esse assunto para que essa semana façamos uma reunião extraordinária que vai discutir essa sexta-feira da Feira Hippie”, pontua.
Mesmo assim, não há nenhuma garantia que eles conseguirão a autorização neste momento. Uma possível alternativa seria apresentar um projeto de lei na Câmara dos Vereadores, e os parlamentares definirem a autorização dentro da legislação, colocando ordem jurídica na solicitação. “Não há garantia que eles vão conseguir, neste momento, essa sexta-feira. Mas também possa acontecer deles conseguirem uma permissão temporária. Para que esse assunto seja discutido de forma correta. Talvez até na Câmara dos Vereadores, saindo alguma lei, ou coisa assim”, salienta.
Por fim, Walison destacou que que os feirantes da Feira Hippie estão perdendo a oportunidade de se acostumarem com os protocolos e explica que das 33 feiras especiais em Goiânia, apenas a Feira Hippie demonstrou resistência com as novas solicitações da Prefeitura. “Temos 33 feiras especiais registradas na Prefeitura, algumas com mais dificuldade, outras com mais facilidade. E apenas a Feira Hippie perdeu essa oportunidade de começar com os protocolos, então, nós acreditamos que a Feira deveria começar e caso ela conseguisse seguir os protocolos e a Secretaria de Saúde percebesse que o risco de contágio seria baixo aí sim a gente poderia discutir uma extensão temporária. Mas neste momento, não, não é aconselhável nem permitido até”, fazendo referência ao retorno da Feira às sextas-feiras.