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Secretária diz que não sabe se o governo Caiado conseguirá pagar parcelamento de dezembro a funcionários

A secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, traçou um cenário de muitas dificuldades para o governo goiano cumprir o parcelamento do salário de dezembro para 45% do restante dos servidores públicos estaduais. Além disso, revelou que não entende a reivindicação da greve dos professores, em entrevista a Jackson Abrão, no Jornal O Popular.

Sobre a situação do funcionalismo público, Cristiane ressalta que não falta diálogo. “Eu não entendo as reclamações que estão sendo feitas, porque nós explicamos no início do ano, na reunião com os 43 sindicatos que íamos pagar em oito prestações aí pediram em seis, fizemos as contas e esse é o máximo estourando que eu nem sei se a gente vai conseguir pagar, mas vamos tentar fazer isso com um forte combate à sonegação para atrair mais receita. Então, fizemos em seis melhorando essa negociação. Em março, nós já pagamos 55% do funcionalismo público em que a grande maioria são os professores. Estamos dando conta dentro das nossas possibilidades”, disse.

De acordo com a secretária o déficit estrutural e conjuntural do Estado é de R$6 bilhões nesse ano. “Nosso orçamento foi aprovado com déficit de 30%, então a nossa despesa está a 30% a mais do que a gente pode pagar”.

Próximo de completar 100 dias de governo Caiado, a secretária afirma que ainda não é possível dizer que o Estado superou a crise fiscal. “Ainda não, tivemos algumas evoluções mas infelizmente ainda não. Temos esse ano para poder recuperar, começando pela folha de pagamento de dezembro de 2018, que iniciamos agora em março e será feito em seis parcelas. Então, só no final do ano que nós vamos conseguir se reorganizar com as contas do dia a dia”, explicou.

Cristiane ainda disse que os problemas do Estado tem duas causas principais: estrutural e conjuntural. “Temos a estrutural que vamos colocar a previdência, que ela trás um déficit crescente exponencial, R$ 2,5 bilhões ao ano por conta da previdência em 2018. Ao mês, isso quer dizer R$ 200 milhões e se não cuidar disso agora, daqui a oito anos eu vou ter algo terrível, por isso a Reforma da Previdência Federal é importante e cada estado vai fazer a sua”, relata.

Segundo a secretária outro problema estrutural é referente a folha de pagamento doa ativos. “Ao ano a gente tem 20 bilhões e desse valor temos 84,5% que diz respeito à folha de pagamento de todo o executivo, legislativo e judiciário. Quando a gente olha o Estado completo na lei da responsabilidade fiscal e a gente coloca aí também as empresas estatais e se não tivesse a emenda constitucional 55, que retira da despesa pensionistas, por exemplo. Já havia um alarme de que as coisas não iam bem. A gente precisa dar condições para melhorar a distribuição de renda, mas se a gente não tem dinheiro a gente não consegue. O outro problema é conjuntural, além do estrutural que tem a previdência, a folha de pagamento de ativos e a ação de benefícios concedidos”, completa.

Isabel Cristina

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