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A secretária Municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué se diz surpresa com a ação do Ministério da Saúde que anunciou a suspensão na última quarta-feira (9), o repasse mensal de R$ 258,1 mil para custeio de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Goiânia. A gestora argumenta que as inconsistências apontadas pelo governo federal são antigas e que já estão sendo corrigidas.
Segundo a portaria divulgada no Diário Oficial da União, Goiânia não atendeu aos requisitos básicos para o recebimento da verba. A portaria suspende o repasse de R$ 181 mil relativo às ambulâncias da Central de Regulação das Urgências (CRU), Unidade de Suporte Básico (USB) e Unidade de Suporte Avançado (USA), e R$ 77 mil relativo às chamadas de “motolâncias”.
Corte
Ao Diário de Goiás, Fátima Mrué explicou que os requisitos não estavam sendo atendidos na gestão anterior, nos anos de 2016. Ela argumentou que algumas medidas já foram tomadas pela administração municipal. Fátima destacou que entre as inconsistências estão: a instituição do Núcleo de Ensino e Pesquisa e a mudança da sede do SAMU.
Fátima Mrué disse que ficou surpresa com a ação do Ministério da Saúde, pois no momento em que estavam sendo feitas as correções, ocorreu a suspensão do repasse dos recursos. Ela argumentou que já entrou em contato com o Ministério da Saúde e declarou que aguarda uma manifestação.
“Instituímos o Núcleo de Ensino e Pesquisa, homologamos esse núcleo, começamos a corrigir essas inconsistências, o local inadequado, estamos finalizando a mudança para um local próprio, com todas as adequações, os órgãos do Ministério da Saúde sabem disso e nos tem acompanhado, nos surpreendeu que este corte do recurso quando justamente estamos corrigindo, quando ficou anos sem correção alguma não houve corte, então isso nos surpreendeu. Eu já entrei em contato com o Ministério da Saúde e aguardo a manifestação deles”, argumentou.
Equívoco
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) declarou que a ação do Ministério da Saúde é um equívoco, pelo fato de ser uma ação do passado, e ainda pelo próprio ministério ter recebido novas ambulâncias do SAMU.
“Hoje, por exemplo, eu vi uma resolução do Ministério da Saúde em relação ao SAMU, é uma situação que estava aí há mais de três anos, acho que houve um equívoco, pois já havíamos conseguido com o Ministério mais seis ambulâncias, são coisas do passado que temos procurado corrigir e acertar”, relatou o prefeito.
Mudança de sede
Fátima Mrué explicou que a nova sede do SAMU será transferida para um prédio em que funcionava no passado uma loja de atendimento da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura de Goiânia, na Avenida Independência, no Setor Leste Vila Nova. A mudança deve ocorrer nas próximas semanas.
“A nova sede é num prédio próprio na Avenida Independência que funcionava parte da Secretaria de Finanças. Nós fizemos uma permuta, a área da Saúde no Paço Municipal cedemos, a Finanças já foi, o prédio está praticamente desocupado, nós estamos construindo uma central de materiais que é uma exigência e que inclusive não tem no prédio atual, nós estamos finalizando para que em breve a gente possa fazer a mudança e cumprir todas as exigências legais”, afirmou.
Motolâncias
Em relação as motolâncias, alvo de questionamento do Ministério da Saúde, Fátima Mrué disse que já estavam sem funcionar há um bom tempo e que o fato já havia sido comunicado. Fátima reclamou que o corte ocorreu justamente no momento em que as correções estavam sendo feitas.
“As motolâncias já estavam sem funcionar há anos. Elas são de 2008, são antigas e quando nós entramos na gestão no ano passado, elas já não funcionavam. Nós mesmos que informamos ao Ministério da Saúde a baixa delas, pois isso não havia sido feito. Essa perda de qualificação foi antiga, entretanto, o Ministério foi concedente e agora que estamos corrigindo ele achou que deveria aplicar o corte. Foi uma surpresa para nós”, declarou.
Fátima Mrué declarou que enquanto não há readequação, a prefeitura fará o custeamento da verba com recursos próprios.