A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) avalia que as aulas presenciais em Goiás podem ser retomadas em novembro. Isso porque os índices estabelecidos pelo Centro de Operações de Emergência (COE) começaram a ser atingidos e, se eles se sustentarem por quatro semanas, o retorno poderá se concretizar no próximo mês.
A informação foi publicada primeiro pelo Jornal O Popular. Os dois critérios avaliados pelo colegiado para permitir a volta às aulas são queda de óbitos acima de 15% por quatro semanas seguidas e taxa de ocupação nas UTIs estaduais para covid-19 até 75% também por quatro semanas consecutivas.
O primeiro indicador já havia sido atingido pela primeira vez na segunda quinzena de setembro e vem se mantendo. Porém, a ocupação dos leitos de UTI estaduais para covid-19 ainda se mantinham na casa dos 80%. Como mostrou o Diário de Goiás, a taxa vem caindo e está variando entre 70% e 75% nos últimos dias.
O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, relatou a O Popular que nos momentos mais dramáticos da covid-19 no estado, os pedidos de internação em UTIs chegavam a 198. Atualmente, segundo ele, a média é de 30. Alexandrino explicou que a queda na ocupação demora a ser vista porque o período de internação de um paciente com covid-19 pode superar 20 dias.
A partir da queda nos pedidos de internação, o secretário acredita que será possível retomar as aulas no próximo mês, pois o movimento de declínio parece sustentado.
As aulas presenciais em Goiás foram suspensas em 15 de março. Desde então, alunos das redes pública e privada só podem acompanhar as classes virtualmente. O Conselho Estadual de Educação (CEE) autorizou a validação do ano letivo com aplicação de avaliações remotas em 2020.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) elaborou um protocolo, em agosto, em conjunto com o CEE e demais entidades educacionais, que foi avaliado e aprimorado pelo COE. Caso as aulas sejam autorizadas a retomar em novembro, a pasta deverá seguir o protocolo.