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Categorias: Cidades
| Em 8 anos atrás

Secretária da Fazenda afirma que Estado não tem condições de dar aumentos a servidores

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Data Base. É uma das palavras mais faladas pelos servidores públicos de Goiás, que não receberam a correção das perdas inflacionárias de 2015 e é forte a tendência para que ocorra o mesmo em 2016. A secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, faz um apelo ao funcionalismo público, o pedido é para que há um esforço financeiro para manter os pagamentos em dia. O argumento é de que a concessão de aumentos poderia levar o Estado a uma situação de desequilíbrio, como está ocorrendo em outros estados.

“Temos que entender que neste momento existem restrições financeiras e fiscais que nos impedem de dar aumentos, porque queremos garantir o pagamento em dia. É uma escolha. Se houver uma pressão forte no sentido de termos aumentos, o estado não tem capacidade financeira para arcar com aumentos, o outro lado da moeda é entrar numa situação de descontrole, como vários estados já entraram”, afirmou.

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De acordo com a secretária Ana Carla Abrão Costa, entre 2011 e 2015 a folha salarial cresceu aproximadamente 70% e o número de servidores na ativa diminuiu. Segundo ela, a inflação acumulada no período foi de 35%. A gestora ressalta que uma melhor situação financeira no futuro permitirá conceder melhores benefícios aos servidores públicos.

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“Pedimos que as pessoas entendam isso. Estamos trabalhando para devolver ao Estado as condições de crescer, gerar renda, portanto, à medida que a gente cresce, à medida que o estado gera renda, o Estado também cresce as receitas e isso permite uma conversa, uma negociação, em torno de aumentos de Data Base.”, disse.

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Durante o período citado pela secretária, vale ressaltar que houve desequilíbrio nas concessões. Alguns receberam acima da inflação, por exemplo, parte dos servidores do judiciário, em especial os do topo da pirâmide. Algumas categoria pleiteiam o cumprimento da Data Base e o cumprimento do plano de carreira, como servidores da Agência Brasil Central e da Saúde, estes últimos estão em greve.

Os servidores reclamam da proposta do governo de promover a redução de uma gratificação por produtividade dos trabalhadores. De acordo com a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, com a redução desse benefício, haverá uma queda de 30% no pagamento. Isso porque as datas bases de 2015 e 2016 não foram pagas, outra cobrança da categoria. Também é cobrado o cumprimento do pagamento da Data Base e do plano de carreira.

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A secretária Ana Carla Abrão Costa pede compreensão para que Goiás não fique na situação de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que estão pagando salários do mês de forma parcelada.

“É importante que se diga que nós em Goiás trabalhamos para garantir o pagamento da folha de salários, hoje tem 20 estados em dificuldade, nós migramos de uma situação muito próxima do que ocorreu no Rio de Janeiro para uma situação de controle, se a gente perder esse controle e tiver uma situação de pressões por aumentos, se todos querem ficar como no Rio de janeiro, recebendo o salário em cinco vezes, é aí que vamos chegar. O servidor precisa entender que tudo que estamos fazendo é para proteger o seu salário e sua aposentadoria, esse entendimento que precisamos ter dos sindicatos dos servidores públicos”, argumentou a secretária.

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