Em entrevista à Rádio 730, o presidente do PMDB Goiás, Samuel Belchior, disse que quem não está satisfeito sendo filiado ao PMDB deve sair e procurar outro partido político. Samuel fez referência aos peemedebistas que serão julgados pela Comissão de Ética do partido por não terem apoiado a candidatura de Iris Rezende (PMDB) ao governo do Estado em 2014.
“Sou a favor da depuração do partido. Não adianta ter pessoas que são contra a ideologia partidária do PMDB. Se a pessoa não está satisfeita, acho que ela tem que caçar outro caminho, outro grupo, outro partido”, afirmou.
Segundo o presidente, alguns peemedebistas não só deixaram de apoiar a candidatura de Iris, como declararam apoio e trabalharam publicamente em favor da campanha para a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB).
“O partido não precisa ter unanimidade, não quer dizer que todos tenham que pensar do mesmo jeito, mas depois que a maioria toma uma decisão você é obrigado a acompanhá-la ou sair do partido. O que não pode é a maioria tomar uma decisão e você trabalhar contra, inclusive, publicamente que foi o que aconteceu com essas pessoas”, ressaltou.
Processo de expulsão
Questionado sobre a tramitação dos processos de expulsão de Júnior Friboi, Frederico Jayme e outros integrantes do PMDB, Samuel explicou que o Diretório Estadual recomendou que fossem criadas Comissões Provisórias no lugar dos Diretórios Municipais.
Assim, os peemedebistas que seriam julgados pela Comissão de Ética dos diretórios municipais serão avaliados pelo Diretório Estadual. “Com a formação das novas Comissões Provisórias, elas não têm competência para julgar em seus municípios. Todo mundo será julgado pelo Conselho de Ética do Diretório Estadual, que encaminha para o executivo aprovar ou não”.
Além disso, o presidente também comentou que a expectativa é de que até o fim do primeiro semestre de 2015 todos os processos para expulsão de filiados do partido sejam julgados.
Confira trecho da entrevista de Samuel Belchior na Rádio 730, entrevistado por Eduardo Horárcio, Eduardo, Sartorato, Divino Olávio e Thiago Mendes:
Eduardo Horácio: Você defende a expulsão de Júnior Friboi, Frederico Jayme e outros peemdebistas que apoiaram a candidatura de Marconi Perillo na eleição?
Samuel Belchior: Já deixei clara a minha posição e reforço: sou a favor da depuração do partido. Não adianta ter pessoas que são contra a ideologia partidária do PMDB. Se a pessoa não está satisfeita, acho que ela tem que caçar outro caminho, outro grupo, outro partido. Nós temos, é claro, um Conselho de Ética. Ele é responsável por fazer esses julgamentos. Se os julgamentos fossem políticos e coubesse a eu votar, já teria votado pela saída de muitos que trabalharam contra o partido durante as eleições. O partido não precisa ter unanimidade, não quer dizer que todos tenham que pensar do mesmo jeito, mas depois que a maioria toma uma decisão você é obrigado a acompanhá-la ou sair do partido. O que não pode é a maioria tomar uma decisão e você trabalhar contra, inclusive, publicamente que foi o que aconteceu com essas pessoas.
Divino Olávio: O assunto de expulsão de filiados vai ser tratado por quem no PMDB e quando?
Samuel Belchior: Com a formação dessas novas Comissões Provisórias, elas não têm competência para julgar em seus municípios. Todo mundo será julgado pelo Conselho de Ética do Diretório Estadual, que encaminha para o executivo, que aprova ou não o julgamento. Agora, acabamos de não prorrogar os Diretórios Municipais, então, os processos vão subir para o Conselho de Ética Estadual. Acredito que ao longo deste primeiro semestre de 2015, praticamente tudo vai ser julgado. É até uma meta nossa, da executiva, julgar tudo que está lá. Tem muita coisa para ser julgada.
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