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Categorias: Política
| Em 11 anos atrás

SDD E DEM podem criar a “nova via”

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Pode nascer uma nova frente para a disputa política de 20 14 aqui em Goiás. Os deputados federais, Armando Vergílio (SDD) que saiu do PSD afirmando que o partido não tinha projeto para a eleição do próximo ano e Ronaldo Caiado (DEM) rifado da chapa da “terceira via” após a filiação de Marina Silva ao PSB, estão conversando sobre a possibilidade de aliança para a disputa pelo governo do estado em 2014, isso é o que revela o repórter Marcelo Tavares do Jornal Tribuna do Planalto.

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DEM e SDD podem formar chapa

 

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Ronaldo Caiado (DEM) e Armando Vergílio (SDD) afirmam manter diálogo sobre sucessão de 2014, mas ainda não revelam em que pé está a situação

Marcelo Tavares – Repórter de Política

Colegas de Câmara dos Deputados, os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM) e Armando Vergílio (SDD) podem formar uma espécie de ‘Quarta Via’ para concorrer ao governo de Goiás em 2014. Ambos admitem que há conversas semanais sobre o assunto. Apesar de ainda não haver nada fechado, o deputado Armando Vergílio, principalmente, que já se colocou como pré-candidato ao governo, considera essa possibilidade de cenário como uma forma de fortalecer o desejo do Sol¬i¬dariedade de construir uma nova chapa majoritária em 2014, sem necessariamente que o partido busque uma aliança com as atuais forças políticas que já estão colocadas.

Considerado uma grande figura política no Estado e que tem repercussão de seu trabalho em todo país devido à oposição que faz ao governo federal da presidente Dilma Rousseff (PT), Ronaldo Caiado vive uma saia justa no Estado porque possui impedimentos que praticamente o inviabiliza de participar das três principais correntes que vão polarizar a eleição em 2014 (veja o quadro).

Ronaldo Caiado inicialmente estava na ‘Terceira Via’ de Vanderlan Cardoso (PSB), mas saiu do grupo praticamente expulso depois que a ex-ministra Marina Silva passou a integrar o PSB e afirmar que não era conveniente ela e o democrata estarem em um mesmo grupo político. Logo depois, o presidente nacional do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apoiou a fala de Marina, excluindo Caiado da aliança. Depois de sair do grupo e a situação ganhar repercussão nacional, Caiado se colocou como um pretenso candidato à presidência da República, projeto que ele afirma está trabalhando atualmente. Muitos partidários, porém, veem esse projeto como algo muito difícil de se consolidar e por isso sobraria ao deputado voltar seus olhos para um trabalho em Goiás, onde o Soli¬da¬riedade pode ser a opção de coligação para o DEM em 2014.

À Tribuna, o deputado federal Armando Vergílio afirmou que conversa toda semana com o democrata sobre o quadro sucessório em Goiás em 2014, mas disse que não poderia adiantar os pontos das conversas porque são diálogos que estão no campo de entendimento preliminar e qualquer coisa que diga agora pode “atrapalhar” ou ter “interpretação diferente” daquela pretendida pelo DEM e o Soli¬dariedade. “Em política tem certas questões que a reserva é necessária”, afirma o parlamentar que também contou ter uma excelente relação com Ronaldo Caiado, de muito respeito, consideração e amizade.

No entanto, Vergílio também disse que a conversa é institucional, ou seja, entre dois deputados federais e dois presidentes regionais de partido, que envolvem interesses do DEM e do SDD. “São conversas que estão sendo mantidas também com outros partidos”, despista.

A procura por aliados para fortalecer uma nova chapa na sucessão em 2014 é um dos objetivos de Vergílio, já que considera a candidatura própria um caminho sem volta no partido. Ele afirmou que não pretende, pelo menos por enquanto, apoiar as atuais forças que estão colocadas para o governo do Estado em 2014. A união com Caiado, que é figura de grande representatividade junto ao setor rural e de densidade eleitoral no Estado, agregaria muito em uma coligação. “Pela nossa comunhão de ideias pró-Goiás, nós temos a facilidade de construir essa possível aliança, um possível entendimento”, frisa.

Projeto Nacional
Procurado para falar sobre o assunto, o deputado Ronaldo Caiado confirmou que a conversa com Armando Vergílio é constante, mas não quis falar sobre o nível desse diálogo porque afirma que irá discutir sobre projetos em Goiás somente a partir de fevereiro de 2014. Até então, segundo o parlamentar, seu empenho é o projeto nacional, de se tornar candidato a presidente da República. “Essa é minha prioridade, é o que trabalho agora”, ressalta.

Questionado ainda se a possível formação de uma quarta via com o Solidariedade seria um caminho natural, devido às arestas que o deputado possui com os outros três grupo, Caiado disse que só vai discutir o assunto no ano que vem. Ele, porém, afirmou que vê com simpatia as atuais declarações de Armando Vergílio e ressalta que o DEM e o SDD mantém diálogo.

Com relação ao projeto nacional, o presidente do DEM afirmou que tem mantido uma agenda intensa com viagens para reuniões regionais e falado com lideranças do partido, do setor rural, área médica e associações classistas. A intenção é discutir uma pauta nacional e propostas para 2014. O democrata disse que não pode dizer se o projeto de ser candidato a presidente é viável. “É prematuro falar isso, mas há espaço para que a candidatura seja discutida”, sublinhou.

Segundo Armando Vergílio, há uma grande determinação no SDD para que o projeto de lançar uma candidatura própria aconteça e há uma “disposição inequívoca do integrantes do partido para buscar isso. “Nunca tivemos tanta disposição como estamos tendo agora. Há uma grande oportunidade para o nosso projeto que é moderno, arrojado e vai ao encontro das principais soluções e reivindicações que a população precisa”, defendeu.

Articulação
Caso DEM e Solidariedade realmente formem um grupo político de olho em 2014, ambos os partidos ganharão fôlego para a sucessão. No que se refere ao DEM, Caiado teria uma opção estadual para seguir sem precisar contornar as arestas com os outros grupos da política goiana. Já Vergílio teria um partido importante para dar suporte ao seu plano de candidatura, que nasceu logo após o rompimento com a base aliada do governo do Estado. À época, Armando reclamou por ter sido excluído do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), inicialmente designado para a Secretaria de Cidades com o comando do ex-secretário Sílvio Sousa, aliado de primeira hora de Armando.

Uma união entre os dois partidos também os colocaria em lugar especial na mesa de negociações. Se Vergílio e Caiado quiserem, em 2014, dialogar e procurar adentrar em um dos três grupos já formados para a sucessão, terão mais força unidos. DEM e Solida¬riedade seriam reforços consideráveis para a base aliada, oposição e até mesmo a ‘Terceira Via’. Apesar de Caiado ou Vergílio não darem o grupo como fechado, ambos só teriam a ganhar com a nova aliança.

Clique aqui para acessar a íntegra da reportagem

 

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