A epidemia de covid-19 em Goiás deve permanecer em aceleração, pelo menos, até o fim de março. A projeção é do secretário de Saúde, Ismael Alexandrino. Em entrevista ao Diário de Goiás, ele explicou que deve ocorrer uma estabilização do contágio, mas em níveis alarmantes.
O secretário destacou ainda que o platô em números tão altos manterá o sistema de saúde pressionado por um longo período. “No final do mês pode haver uma certa estabilização, mas lá em cima. Para de onde estava a curva de crescimento, mas como os hospitais estão cheios, vamos continuar muito apertados em todo o mês de abril”, disse.
Alexandrino pontua que já há tempos previa-se que março seria o pior mês a epidemia. “Dados vêm confirmando a previsão de que o mês de março certamente seria o mais crítico que viveríamos. Dados confirmam que a semana passada foi a mais crítica. Esta semana também começou bastante acelerada”, afirmou. Ele revelou ainda que alguns hospitais que atendem pacientes com covid-19 na rede estadual já aumentaram em 500% a demanda por oxigênio pela alta as internações.
O secretário reforçou ainda que todas as medidas não farmacológicas preconizadas pelas autoridades e saúde devem ser mantidas para evitar um agravamento ainda maior do cenário. “A gente não vai baixar a guarda, achar que está resolvido, superado. A cada dia esse vírus tem nos mostrado um desafio diferente. Se baixarmos a guarda, há grandes chances de sermos surpreendidos negativamente. Não vamos ser irresponsáveis”, frisou.
Vacina de Oxford
Após vários países europeus suspenderem a vacinação com a vacina da AstraZeneca para investigar possíveis reações adversas, o secretário defendeu o imunizante. “Isso não exclui a eficácia da vacina em relação ao vírus. Todo e qualquer efeito adverso, o que se indica é que cesse a vacinação, faça estudos e depois retorna. É o praxe”, explicou.