Horas nas filas e além da dor, o cansaço. Com a demora no atendimento e a superlotação no Cais de Campinas, pacientes que aguardavam a triagem deitavam ao chão à espera de um contato médico. Além disso, a Saúde de Goiânia vive um momento em que os trabalhadores estão tendo seus contratos encerrados, diminuindo a capacidade do atendimento.
“Cheguei aqui às 08h30. Não tem informação sobre atendimento. É um absurdo”, disse uma mãe com seu filho ao colo, em contato com a reportagem do Diário de Goiás nesta segunda-feira (28/12). “Só chega gente e não somos atendidos”, desabafou. “Enquanto a gente não chamar a televisão para vir aqui, não vão resolver nosso problema”.
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De fato, a combinação do surto de gripe e dengue tem provocado um repique nas internações até na rede privada. Para além disso, a pandemia da Covid-19 e a nova Influenza H3N2 estão aí para acentuar a preocupação. E a Secretária de Saúde em Goiânia (SMS) reconhece que os transtornos da população estão passando para encontrar atendimento na urgência no sistema municipal.
O Diário de Goiás solicitou entrevista para orientar melhor a população sobre a estratégia adotada pela pasta, mas recebeu uma nota reconhecendo o ‘momento desafiador para as equipes de saúde’ e que há um ‘esforço para repor os trabalhadores que estão tendo seus contratos temporários encerrados e que, por lei, não podem ser prorrogados’. Apesar disso, a expectativa da pasta é que nos próximos dias tudo volte à normalidade com a reposição nos quadros de profissionais.
“Para dar celeridade ao atendimento, a secretaria está remanejando trabalhadores de outras áreas para reforçar as equipes nas unidades de urgência”, destaca a nota. “Para desafogar um pouco as UPAs, Cais e Ciams, a secretaria solicita também que a população busque atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e que somente os casos mais graves procurem as unidades de urgência”, orienta a Secretaria Municipal de Saúde.