A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) instalou, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), um comitê de gerenciamento de crise em virtude da greve de caminhoneiros (que hoje completa seis dias) e provoca desabastecimentos de remédios, alimentos e combustíveis no Brasil.
“Estamos em alerta para trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde. O objetivo é solucionar estas questões e monitorar as informações que chegam dos prestadores de serviços do SUS para fazer análises e tomar decisões estratégicas”, diz o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela.
Para situações específicas de caminhões com insumos hospitalares, o Ministério da Saúde solicitou que deverão ser enviadas informações por e-mail especificando qual a carga, volume, empresa e onde a carga está parada, a fim de que seja providenciada escolta. O e-mail de contato oferecido pelo governo federal é respostaemergencial@gmail.com
Desta forma, o governo federal visa garantir que serviços essenciais como atendimentos em Saúde não sejam bloqueados no país, em proteção do direito à vida. Hospitais, clínicas, laboratórios e quaisquer outras unidades de saúde, além de órgãos públicos ou privados podem comunicar cargas com insumos hospitalares que estejam retidas.
Ambulâncias – A falta de combustível já compromete o deslocamento de ambulâncias do Samu no transporte de pacientes já referenciados para UTIs ou cirurgias nos hospitais estaduais. No interior do Estado vários hospitais estão suspendendo cirurgias e internações por falta de insumos como soro fisiológico e escalpes para agulhas.
Relatório preliminar da SES-GO informa que dos 11 hospitais estaduais, boa parte poderá ter os estoques de remédios e insumos comprometidos se não houver reabastecimento nos próximos 30 dias.
A Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (CMAC), que dispensa medicamentos gratuitos pelo SUS, também já contabiliza déficits de entrada de produtos.
Lacen – De acordo com dados do Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (LACEN-GO), foram afetados, imediatamente, pela paralisação realizada pelos caminhoneiros, o transporte aéreo de amostras biológicas para outros estados; fornecimento de gelo seco para acondicionamento de amostras (vinculado ao transporte aéreo) e fornecimento de gases medicinais (com falta prevista de alguns gases a partir da próxima semana).
Caso perdure a manifestação, existe a possibilidade de não entrega de reagentes para análises, suspensão de transporte de amostras de muitos municípios para o Lacen a partir de segunda-feira, 28.05, além da dificuldades de recebimento de kits vindos do (MS) a partir da próxima semana, também caso perdure a paralisação.