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Goiânia
| Em 5 anos atrás

Saúde de Goiânia prepara nova expansão de leitos para Covid-19

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A Secretaria Municipal de Saúde já promoveu expansão de leitos de enfermaria e de UTI destinados exclusivamente para o tratamento de pacientes com sintomas da Covid-19. A titular da pasta, Fátima Mrué, em entrevista ao Diário de Goiás destacou que hoje há pouco mais de 200 leitos disponíveis. A gestora afirmou que a prefeitura já passou por uma expansão da rede e ainda pretende ampliar a capacidade de atendimento até o final da pandemia.

Fátima explicou que hoje a taxa de ocupação de leitos de enfermaria é 78% e de UTI na ordem de 84%. A secretária avalia que os índices ainda são confortáveis. Goiânia tem quase 6 mil casos de Covid-19 com 134 mortes.

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“Já estamos nos preparando já algum tempo, provendo esses leitos e já ultrapassamos a marca de 200 leitos destinados exclusivamente a Covid, e nós já estamos com uma taxa de ocupação de 84% nos leitos de UTI e 78% de enfermaria. São índices confortáveis. Essa é uma atitude responsável da nossa parte, não tivemos pacientes que esperaram mais de 24 horas por um leito, até o momento estamos conseguindo prover toda a assistência necessária”, argumentou.

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A secretária explicou que há uma semana havia um total de 57 leitos de UTI e hoje o número é de 91. “Em uma semana aumentamos mais de 30 leitos de UTIS, de enfermaria tínhamos 84 e hoje temos 118”, declarou.

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Segundo a gestora foi aberto um novo processo para nova contratação de leitos. O valor da diária para um leito de UTI será de 3 mil reais, parte do recurso será pago pelo governo federal, e o restante com dinheiro do Tesouro Municipal. Ela relatou que o valor é diferenciado e hospitais tem procurado a prefeitura, que já tem analisado propostas.

“Mais leitos serão contratados antes que precisem mais. Todos os leitos nesse edital serão contratados para evitar que pacientes fiquem aguardando mais de 24 horas nas unidades por falta de um leito”, relatou a secretária.

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Veja o vídeo completo da entrevista com a secretária Fátima Mrué

Leia trecho da entrevista relativa a análise da secretária referente ao enfretamento da Covid-19 em Goiânia

Altair Tavares: Vamos conversar agora com a Secretária de Saúde, Fátima Mrué. Obrigado por nos atender.

Fátima Mrué: Eu que agradeço pela oportunidade.

Altair Tavares: Temos hoje nessa entrevista o segundo dia da abertura do comércio varejista e atacadista de Goiânia e há poucos dias de abrir a área da 44. Já algum dado sobre impacto sobre a rede ou ainda é muito cedo.

Fátima Mrué: Ainda é muito cedo e o que observamos nesses dias foi uma regularização do que já estava ocorrendo de uma forma clandestina. Hoje tem protocolos nesses locais, e eles estão cumprindo esses locais, com distanciamento, uso de máscara e o impacto sobre a doença não ocorrerá, uma vez que a população já está nas ruas há muito tempo.

Altair Tavares: Como a taxa de isolamento já está baixa, em 35%, 36%, há mais de 30 dias, já deu um impacto na pandemia. Isso está conectado com o que a senhora pensa também?

Fátima Mrué: Exatamente, o isolamento social já se perdeu já mais de dois meses, ocorreu mesmo naquele início, em março, logo depois as pessoas foram descumprindo as orientações e não há diferença hoje praticamente para que estávamos antes da pandemia, exceto pelas escolas, que é como se estivessem de férias.

Altair Tavares: Tendo essa perspectiva ainda, o cuidado da população, do setor empresarial, isso chama a responsabilidade para o setor empresarial?

Fátima Mrué: Eu acho que agora eles são os corresponsáveis também com o processo e precisam estar envolvidos, são os maiores interessados nesse momento para que a abertura siga as regras estabelecidas. Com isso vamos observar que nesses locais há um distanciamento entre uma pessoa e outra, que há o cumprimento do uso de máscaras, a disponibilização de material para higienização das mãos, estamos vendo que os empresários estão muito envolvidos neste momento.

Altair Tavares: A partir do que aconteceu em Aparecida, com o sinal amarelo, fechando um pouco, Trindade fechando por conta do período da Romaria, isso impacta de alguma forma a decisão de Goiânia?

Fátima Mrué: Eu acredito que a decisão de Goiânia não vai ter esse impacto, ao contrário, o inverso seria verdadeiro, nenhum das cidades vizinhas buscam os shoppings em Goiânia, elas tem os seus próprios e Aparecida já abriu muito antes. Houve até um fluxo de Goiânia para Aparecida, conforme foi relatado pelos dirigentes de Aparecida.

Altair Tavares. Houve muito questionamento quanto a quantidade de leitos disponíveis de UTI. O Ministério Público foi bem duro quanto a isso. Qual a dinâmica de disponibilidade de leitos por esses próximos dias?

Fátima Mrué: A capacidade assistencial e colocá-la de forma a anteder a demanda é o maior desafio de todos que estamos lidando com essa pandemia, não apenas em Goiânia e no Brasil, mas nós aqui já estamos nos preparando já algum tempo, provendo esses leitos e já ultrapassamos a marca de 200 leitos destinados exclusivamente a Covid, e nós já estamos com uma taxa de ocupação de 84% nos leitos de UTI e 78% de enfermaria. São índices confortáveis. Essa é uma atitude responsável da nossa parte, não tivemos pacientes que esperaram mais de 24 horas por um leito, até o momento estamos conseguindo prover toda a assistência necessária.

Altair Tavares: A senhora falou neste volume de 200 leitos, há 30 dias eram quantos?

Fátima Mrué: Há uma semana atrás tínhamos 57 leitos de UTI e hoje temos 91, em uma semana aumentamos mais de 30 leitos de UTIS, de enfermaria tínhamos 84 e hoje temos 118. Em uma semana aumentamos um percentual enorme de capacidade assistencial. Temos outras perspectivas de contratação de leito em curso, inclusive com valor diferenciado que será pago em uma parte importante com recursos do tesouro municipal, que aumentasse o valor para que conseguisse os leitos. Isso demonstra a preocupação do prefeito de dar a assistência das pessoas.

Altair Tavares: Leitos de UTI há 3 mil reais, é esse mesmo o valor da diária?

Fátima Mrué: A diária é R$ 3 mil e parcela desse valor será com recurso do valor do governo federal e outra parcela do tesouro municipal.

Altair Tavares: Depois desse chamamento, os hospitais estão se oferecendo?

Fátima Mrué: Estão. Estamos recebendo várias propostas e temos perspectiva para nos próximos dias uma assistência maior a população.

Altair Tavares: Se a pandemia exigir, mais leitos são contratados?

Fátima Mrué: Mais leitos serão contratados antes que precisem mais. Todos os leitos nesse edital serão contratados para evitar que pacientes fiquem aguardando mais de 24 horas nas unidades por falta de um leito.

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