Publicidade
Categorias: Cidades
| Em 11 anos atrás

Saúde de Goiânia cadastrou quase 6 milhões de pacientes

Compartilhar
Acaba de ser divulgado um relatório oficial com a quantidade de usuários cadastrados no sistema de controle da secretaria de saúde de Goiânia. São 5.978.881 nomes que passaram por algum tipo de procedimento na rede de saúde da capital.
“A rede de saúde de Goiânia é suficiente para atender toda a população da capital e ainda parte da região metropolitana, mas tem atendido muito mais”, informa boletim da secretaria.
Os dados mostram que 4.496.785 pessoas declaram morar em Goiânia e apenas 1.482.096 apresentaram endereços do interior.

Para você, leitor, avaliar, a população de todo Estado de Goiás é de pouco mais de seis milhões de habitantes.
Em documento distribuído pela assessoria de imprensa, a secretaria de saúde de Goiânia, indica mais detalhes sobre a polêmica.
VEJA
Além do número de cadastrados muito acima da população, outro indicador da sobrecarga é o registro de cartões SUS. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a capital goianiense conta com 1 milhão e 800 mil cartões do Sistema Único de Saúde.
A SMS Goiânia estima que apenas 700 mil goianienses fizeram o documento. O Cartão SUS é uma iniciativa do Ministério da Saúde para unificar o cadastro dos brasileiros e conseguir fazer a pactuação entre municípios (pagamentos de cirurgias e exames).
Mais uma mostra que a capital atende muito acima de sua capacidade está na quantidade de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Goiânia possui 348 leitos de UTI. Conforme a portaria 1.101, do Ministério da Saúde, com 130 leitos, a capital já atenderia toda a sua população.
Como nem todos os goianienses utilizam o sistema público de saúde, isso significa que a capital conta com o triplo de unidades necessárias, sem contar com os leitos semi-intensivos e as salas de estabilização dos Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais).
Déficit
O número de pacientes de outros municípios cadastrados como se fossem moradores e usuários da rede municipal de saúde gera outro problema, um déficit de R$ 20 milhões, por atender a pacientes não pactuados, mas que Goiânia precisa arcar com todos os custos dos atendimentos e tratamentos.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, destaca que apesar da sobrecarga, a Prefeitura de Goiânia tem mostrado sensibilidade em atender a todos os goianos que procuram a capital e lançou, no último sábado (10), um amplo programa de melhorias para a saúde pública.
O programa Mais Trabalho, Mais Saúde! tem como objetivo humanizar, melhorar o acolhimento e dar resolutividade ao atendimento dos usuários. Para tanto, já foi inaugurada uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 10 e lançados novos serviços.
No dia 23 de agosto, será entregue mais um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. As obras já começaram no Ciams Novo Horizonte, que será totalmente revitalizado e o Cais de Campinas será transformado em Hospital de Urgências. Ao todo, a saúde conta com 42 obras físicas em andamento.

Publicidade
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .