O sargento da FAB Manoel Rodrigues, preso na Espanha com cocaína na bagagem mentiu sobre o conteúdo que havia dentro de sua mala. Ao menos, três tripulantes militares que estavam na aeronave relataram que o sargento dizia que tratava-se de “doce e queijo”. Mesmo quando abordado por um policial espanhol no Raio X, sustentou a versão, logo depois desmontada. Neste último domingo (01/09) a conclusão da investigação foi revelada pelo Fantástico, da TV Globo e a Veja obteve a íntegra da investigação.
Quem deu detalhes segundo a publicação foi o terceiro sargento Estevam Moraes Rabelo que viu toda a cena. Ele conta que Manoel estava sempre calmo e sereno. Quando perguntando sobre o que havia na mala, Manoel disse que era “carne e queijo”, mas depois quando foi alertado que era proibido voltou atrás: “era queijo e doce”.
Ao abrir a mala, foi encontrada a cocaína. Estevam viu todos os tabletes e quando o policial sacou o canivete e perfurou-o, aparecendo o pó branco. Após isso o policial deu ordem de prisão e Rodrigues não esboçou reação.
Entenda:
No dia 25 de junho, o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues 38 anos, da equipe de apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro foi preso com 39 kg de cocaína em Sevilha, na Espanha. O episódio colocou o governo brasileiro em constrangimento internacional além de provocar desconforto no Planalto e levantou a dúvida sobre o aparato de segurança de viagens do presidente.
De acordo com a Folha de São Paulo, a prisão do sargento aconteceu após ele deixar o avião, quando passava pelo controle aduaneiro do aeroporto, segundo a imprensa espanhola. O jornal El País disse que Rodrigues levava um porta-terno e uma mala pequena com 37 pacotes sem camuflagem. Cada um continha pouco mais de 1 kg da droga.
Segundo a Folha, ele responderá por crime contra a saúde pública que engloba os casos de narcotráfico na Espanha. As autoridades do país apuram agora o destino da droga. Suspeita-se que o sargento faria a entrega para uma máfia dentro do país.