Por Gonçalo Júnior
O empate do São Paulo com o Ceará, por 2 a 2, no Morumbi, neste sábado, representou um tropeço em duas frentes diferentes para o time paulista. No Campeonato Brasileiro, a equipe de Rogério Ceni perdeu a chance de assumir a ponta, mesmo que provisoriamente. Corinthians (14) e Palmeiras (12) jogam neste domingo. Algumas vaias foram ouvidas no final do jogo no Morumbi
A igualdade também interrompe a série de 11 vitórias seguidas no Morumbi, considerando também as partidas do Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa sul-americana. A equipe tricolor perdeu a chance de igualar o recorde de 12 triunfos de 2015. Foi o sexto empate seguido entre as duas equipes.
Depois de poupar vários atletas contra o Ayacucho, pela Copa Sul-Americana, na quarta, o São Paulo escalou força total e optou por uma formação com três zagueiros (Diego, Arboleda e Léo). Além da escalação titular, o time do Morumbi entrou em um ritmo forte, marcando a saída de bola e atacando pela velocidade pelos lados, principalmente pela direita, com Rafinha.
Foi dele o passe para o primeiro gol do São Paulo. Com um cruzamento perfeito, mesmo sem chegar à linha de fundo, o veterano encontrou o atacante Calleri na área aos 7 minutos. Sempre bem posicionado, o argentino cabeceou para fazer seu 8º gol na competição. O gol foi parecido àquele que o time do Morumbi marcou no Maracanã na derrota para o Flamengo.
A vantagem do São Paulo não significava um domínio amplo. Esperto, o técnico Dorival Junior colocou três atacantes para apertar os defensores do Morumbi. Com isso, não havia sobra na marcação. Também saindo para o ataque, o time cearense equilibrou a partida e não desperdiçou a chance que teve. Arboleda errou a saída de bola e permitiu uma contra-ataque com a defesa desarrumada. Cléber avançou e empatou aos 36. O lance ilustrou as dificuldades que o time encontrava na saída de bola e recomposição da defesa.
Embora a atuação fosse irregular na parte defensiva, o São Paulo jogou bem do meio para a frente, com velocidade e precisão nos passes. Com isso, o time conseguiu nova vantagem cinco minutos depois. Após boa troca de passes, Calleri inverteu os papéis e ajeitou para Nestor marcar de fora da área.
Repetindo o comportamento da etapa inicial, o Ceará não se encolheu. A entrada de Mendoza e Vina manteve a proposta ofensiva. Prova disso foi a defesa difícil que Jandrei fez nos pés de Vina no início da etapa final. Com maior posse de bola e variações ofensivas, o Ceará conseguiu o empate aos 26. Após cobrança de escanteio, Mendoza completou.
O São Paulo caiu no segundo tempo, do ponto vista técnico e físico, e chegou a correr riscos de ser derrotado. As alterações do Ceará funcionaram melhor. No final, vaias foram ouvidas no Morumbi.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 2 CEARÁ
SÃO PAULO – Jandrei; Diego, Arboleda e Léo; Rafinha (Igor Vinicius), Igor Gomes, Nestor (Maia), André (Eder) e Reinaldo (Wellington); Luciano (Rigoni) e Calleri. Técnico: Rogério Ceni
CEARÁ – João Ricardo; Michel (Nino), Gabriel, Luiz Otávio e Bruno; Lucas (Vina), Richardson, Wescley (Mendoza) e Lima; Cléber (Mateus)e Yuri (Victor). Técnico: Dorival Jr.
GOLS – Calleri, aos 7, Cléber, aos 36 e Nestor, aos 41 minutos do primeiro tempo; Mendoza, aos 26 do segundo.
ÁRBITRO – Bruno Arleu de Araújo (RJ).
CARTÕES AMARELOS – Lucas, Richardson, Mendoza, Geovane e Bruno (Ceará). André Anderson e Rafinha (São Paulo).
CARTÃO VERMELHO – Igor Gomes (São Paulo).
PÚBLICO – 32.977 pagantes.
RENDA – R$ 1.413.274,0
(Conteúdo Estadão)