SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Foi no sufoco, mas o Santos buscou a virada contra a Ponte Preta neste domingo (6), no Moisés Lucarelli, e assumiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Com gols de Copete e Ricardo Oliveira, o clube visitante venceu por 2 a 1 e deixou o Flamengo para trás na classificação. De quebra, diminuiu a distância para o líder Palmeiras, pressionando a equipe alviverde, que ainda joga no complemento da 34ª rodada.
A equipe treinada por Dorival Júnior foi aos 64 pontos, um a mais que o Flamengo e três a menos que o Palmeiras. Já a ponte ficou com 45, em décimo, agora mais distante das chances de G-6.
Dorival Júnior vai para o tudo ou nada por vitória
O técnico Dorival Júnior tomou uma decisão ousada após o intervalo da partida em Campinas. Necessitando a vitória para seu time atingir os objetivos almejados no campeonato, o treinador tirou o zagueiro Noguera no intervalo, quando a Ponte vencia por 1 a 0, e deixou o Santos com apenas um defensor central de origem, David Braz. Mais solto, o time visitante cresceu em campo e alcançou o empate. Na sequência, o que se viu foi uma blitz santista atrás da virada, com sucesso.
Vitor Bueno retorna de lesão chamando responsabilidade
O meia-atacante Vitor Bueno, artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro, voltou a atuar após ficar afastado dos gramados por conta de uma lesão muscular. Posicionado pela direita do ataque, o jogador mostrou boa movimentação e foi o principal articulador santista. No entanto, pela apatia de seus companheiros de frente, o bom retorno de Vitor aos gramados pouco influiu no resultado da partida. Curiosamente, logo após sua saída veio o empate, em lance com participação crucial de seu substituto, Léo Cittadini.
David Braz faz pênalti e perde chances claras de gol
A atuação da David Braz teve grande influência no resultado da partida. O zagueiro tomou uma decisão precipitada no primeiro tempo, ao atropelar Wendel dentro da área no lance que resultou no pênalti – e posteriormente no gol – a favor da Ponte Preta. Ainda na etapa inicial, ele teve a melhor oportunidade do empate criada pelo Santos nos pés, mas mandou por cima do travessão de Aranha. O defensor melhorou após o intervalo, mostrando mais segurança atrás, mas voltou a falhar no ataque pouco após o gol de empate santista, quando tinha só o trabalho de empurrar para as redes o gol da virada.
Santos toma iniciativa, mas sofre com desfalques
Pela necessidade de vencer para garantir permanência no G-3 e de pressionar o Palmeiras em busca de uma improvável conquista do Brasileiro, o Santos tomou iniciativa contra a Ponte Preta, mas pouco fez com a bola. Além de Vitor Bueno, a equipe visitante foi pobre no ataque. Na defesa, por outro lado, as ausências de Luiz Felipe e Gustavo Henrique foram sentidas, especialmente pela insegurança de David Braz, que errou no pênalti que resultou no gol de Wlliam Pottker no primeiro tempo. A postura foi a mesma no segundo tempo, com o resultado inverso. Depois de insistir, Ricardo Oliveira se aproveitou de um rebote de Aranha para mandar paras redes.
Após perda de Roger, Ponte mostra força, mas cede no fim
Após a rescisão do veterano atacante Roger, a Ponte Preta mostrou apatia no início da partida contra o Santos, se mantendo na retaguarda e indo pouco para o campo de ataque. No entanto, a equipe treinada por em um lançamento longo para Wendel nas costas de David Braz, a equipe de Campinas teve uma chance claríssima para abrir o placar. O zagueiro santista acabou derrubando o volante antes da finalização, e na cobrança de pênalti William Pottker colocou os mandantes na frente. Recuada, a equipe do interior pouco produziu na etapa complementar e cedeu à pressão adversária.
Ficha Técnica
Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Gols: Willian Pottker, aos 21min do primeiro tempo; Ricardo Oliveira, aos 21min, e Copete, aos 43min do segundo tempo
SANTOS
Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Noguera (Yuri) e Zeca; Renato, Thiago Maia e Jean Mota (Arthur); Victor Bueno (Léo Cittadini), Ricardo Oliveira e Copete. T.: Dorival Júnior
PONTE PRETA
Aranha, Nino Paraíba, Antônio Carlos, Douglas Grolli e Reinaldo; João Vítor (Abuda), Wendel (Thiago Galhardo), Maycon (Elton) e Rhayner; Willian Pottker e Clayson. T.: Eduardo Baptista.