Thiago Maia
O Santos é pressionado a repassar boa parte do valor que ganhou na transferência do volante Thiago Maia ao Lille, da França, em julho deste ano. O clube paulista já recebeu à vista 14 milhões de euros (R$ 52 milhões) pelo atleta. A diretoria santista, no entanto, não encaminhou a parte do jogador e nem dos agentes envolvidos no negócio -Juan Figer e Giuliano Bertolucci.
O presidente Modesto Roma confirmou que não repassou a verba e argumenta que aguarda uma batalha judicial entre Thiago Maia e a empresa DLX Sports, que alega ter direito a 28% do negócio, para enfim pagar os envolvidos na transação.
“Existe uma discussão se é devido ou não. Não há passe ou repasse. O Santos não pode pagar incorretamente. Quem paga mal, paga duas vezes. Existe um processo na Justiça que tem de terminar. Tem de definir quem paga e quem recebe. [Vai pagar?] Sim, com certeza”, afirmou o dirigente ao UOL Esporte.
Thiago Maia detinha 30% de seus direitos econômicos, adquiridos em uma renovação contratual com o Santos em 2015. Sendo assim, o clube não repassou um montante de R$ 15 milhões. A DLX Sports, por sua vez, alega ter direito a 28% do negócio pois constava como detentora desta porcentagem nos direitos econômicos do jogador no antigo contrato.
A DLX Sports perdeu a primeira batalha, mas venceu em segunda instância ao alegar que houve renovação, e não uma rescisão contratual, na confecção do novo contrato.
A família de Thiago Maia alega que o Santos prometeu durante as negociações com o Lille que pagaria os 30% ao jogador assim que recebesse do clube francês.
A promessa era que o clube não esperaria o fim do processo judicial. Além disso, eles confirmam que não receberam outro valor do clube paulista, referente à rescisão contratual.
Além de Thiago Maia, o Santos não repassou mais 10% do valor total da negociação aos agentes envolvidos na transação com o Lille, Giuliano Bertolucci e Juan Figer, cada um com direito a 5%.
Com todos os repasses corretos, o Santos ficará com 60% do valor de venda, enquanto Thiago Maia ficaria com 30% e os agentes com 5% cada um.
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