O Santos contou com a ineficiência do Botafogo-SP para se classificar para a semifinal do Campeonato Paulista.
Após repetir o placar do primeiro jogo e empatar por 0 a 0 na Vila Belmiro, nesta quarta (21), o time alvinegro viu o rival chutar três vezes para fora nas cobranças de pênalti. A equipe avançou para a próxima fase com um placar de 3 a 1.
Apesar da classificação, o empate no tempo normal ampliou a sequência de resultados ruins do Santos na Vila Belmiro.
Nos outros quatro duelos que fez no estádio neste ano, a equipe venceu duas vezes e perdeu outras duas.
Outro aspecto negativo foi o público. Pouco mais de 6.000 torcedores foram ao estádio. O presidente do Santos, José Carlos Peres, já declarou que pretende aumentar a frequência de jogos no Pacaembu para aumentar a arrecadação.
O técnico Jair Ventura repetiu pela primeira vez a escalação titular do Santos neste ano. Mas, assim como no primeiro jogo, faltou criatividade para a equipe alvinegra.
O time foi melhor em campo no primeiro tempo, mas insistiu em lançamentos que não trouxeram nenhum resultado. Foram 22 cruzamentos para a área só nesta etapa, segundo o Footstats.
A principal chance do Santos foi uma conclusão para fora de Dodô, aos 44 minutos, após lançamento de Daniel Guedes. Os alvinegros ainda reclamaram de um pênalti que Gabriel teria sofrido ao ser empurrado por um zagueiro adversário.
Na saída para o intervalo, o zagueiro David Braz declarou que as bolas alçadas para a área faziam parte da estratégia traçada pela comissão técnica. Ele afirmou que o Botafogo congestionava o meio-campo, o que invalidava outras opções de ataque que não fossem pelas laterais.
Jair Ventura não trocou jogadores nem alterou o esquema tático no segundo tempo. O Santos, portanto, continuou com uma linha de três atacantes inoperante. Os atletas sofriam com os cruzamentos ruins e não recebiam passes que possibilitassem uma infiltração na área.
A necessidade de marcar um gol fez Jair Ventura trocar o meia Jean Mota pelo atacante Diogo Vitor. Na primeira bola que recebeu, o jogador arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Tiago Cardoso a fazer a primeira defesa da etapa complementar, aos 23 minutos.
O árbitro ainda teve paciência de sobra com o atacante Gabriel. O jogador reclamou acintosamente a cada lance que não concordava com as marcações da arbitragem. Além dos quatro gols marcados, ele acumula cinco cartões amarelos e um vermelho na sua volta ao Santos.
O Santos levou perigo com outros dois chutes de fora da área, mas o goleiro espalmou nas duas ocasiões. Com o empate sem gols mantido no placar, a partida se encaminhou para os pênaltis.
As cobranças foram um retrato preciso do que foi o jogo no tempo normal. Pelo Santos, Vitor Bueno teve seu chute defendido pelo goleiro, enquanto Lucas Veríssimo cobrou para fora. No Botafogo, Bruno Mores, Dodô e Willian Oliveira bateram para fora.
Gabriel, Diogo Vitor e Arthur Gomes converteram os pênaltis para o Santos. Jheimy foi o único jogador do Botafogo a acertar o alvo.
Santos
Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Lucas Veríssimo, Dodô; Alison, Léo Cittadini, Jean Mota (Diogo Vitor); Rodrygo (Arthur Gomes), Eduardo Sasha (Vitor Bueno), Gabriel Barbosa. T.: Jair Ventura
Botafogo-SP
Tiago Cardoso; Marcos Martins, Naylhor, Plínio (Carlos Henrique), Mascarenhas; Willian Oliveira, Diones, Lucas Taylor (Jheimy), Danielzinho (Cafu), Dodô; Bruno Moraes. T.: Léo Conde
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Juiz: Leandro Bizzio Marinho
Público: 6.209
Renda: R$ 166.630, 00
Cartões amarelos: Dones e Lucas Taylor (Botafogo-SP)