A Saneago utilizará R$ 2,7 milhões repassados pelo Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para a recomposição das matas ciliares no Rio Meia Ponte. A avalição feita pelo secretário de Meio Ambiente, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha, é que trata-se de um passo importante para a recuperação do manancial, que é responsável pelo abastecimento de metade de Goiânia.
De acordo com o secretário, recompor a mata é um passo importante para restabelecer a qualidade da água. “Esse dinheiro não é empréstimo, R$ 2,7 milhões para reflorestar as nascentes e o curso do Rio Meia Ponte. Iniciamos um processo de recuperar o rio. Aqui na região metropolitana é muito emblemático. Vamos fazer um trabalho de recuperação. Devagar. Hoje é um primeiro passo”, destacou Vilmar Rocha.
Levantamento da Saneago indica a possibilidade de contemplar 202 nascentes para recuperação e 120 trechos de mata ciliar para reflorestamento e cercamento em 254 propriedades da agricultura familiar.
Após um período de quatro anos de acompanhamento da execução do projeto, terá início o pagamento aos proprietários rurais por serviços ambientais prestados na conservação das nascentes e matas ciliares.
Nesta quarta-feira (29) foi assinado em solenidade no Palácio Pedro Ludovico Teixeira contrato entre a Caixa e Saneago. A companhia de saneamento foi selecionada em edital do Fundo Nacional do Meio Ambiente, para aplicar o montante em projeto de recuperação da bacia do rio.
O Fundo Nacional aprovou 16 propostas titulares e três suplentes, sendo a proposta da Saneago a única classificada no Centro-Oeste e uma das três aprovadas para companhias de saneamento básico. Os recursos financeiros não são reembolsáveis.
“Vamos investir os recursos. Foram aprovados três projetos das companhias estaduais de saneamento e a Saneago foi selecionada. Vamos recuperar, fazer o reflorestamento das áreas degradadas, cercamento de matas ciliares e a elaboração de trabalhos como curvas de nível”, explicou o presidente da Saneago, José Taveira.
Uma das consequências esperadas é que ao regenerar áreas de preservação permanente será a ampliação da oferta de água, especialmente, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o presidente da Saneago, no segundo semestre será feita a mudança gradativa no sistema de distribuição em algumas áreas da capital, deixando de receber água do Meio Ponte e passando para o Ribeirão João Leite.
“O trabalho envolverá cerca de 300 mananciais ao longo da bacia. É óbvio que a captação do Meia Ponte é responsável por 50% da água que abastece que a região de Goiânia. A partir de outubro a ETA do João Leite entrará em operação e vamos começar do Setor Jaó, Santa Genoveva, Aldeia do Vale, até o final de Aparecida vamos abastecer prioritariamente com água do João Leite e o Sistema Meia Ponte será direcionado para Trindade e Goianira”, explicou José Taveira.