O presidente estadual do PMDB, deputado Samuel Belchior, prestou, na tarde desta quinta-feira, 19, esclarecimentos na Polícia Federal de Goiás. Segundo o peemedebista, sua intimação foi motivada pela ligação de um dos investigados pela PF, com quem, garante, não possui qualquer vínculo político ou empresarial.
“Um rapaz, que está sendo investigado, me ligou três vezes me pedindo que o apresentasse para algumas pessoas em Goiânia. Como eu não o conhecia, neguei. Não tenho qualquer vínculo com esta pessoa. Nem sei, ao certo, o motivo pelo qual está sendo investigado. Fomos apresentados há três meses, mas não mantemos qualquer tipo de intimidade”, explicou o deputado ao Diário de Goiás.
Samuel falou com o DG no início da noite. Mostrava tranquilidade e disposição para explicar o que havia acontecido. Ele afirmou que houve “um procedimento comum”, que teria tomado proporções maiores devido ao seu posicionamento político.
“Estou absolutamente tranquilo, em relação a isso (a investigação). Não vejo com estranheza este fato. Acredito apenas que estou sendo vítima de uma situação política. Minha intimação era desnecessária, mas fui convidado por ser um deputado estadual, presidente do PMDB em Goiás e um dos nomes que se opõem abertamente ao Governo do Estado”, disse.
Samuel Belchior garante estar à disposição para qualquer investigação mais aprofundada. “Tenho muita tranquilidade das minhas ações. Estou disposto a abrir qualquer tipo de sigilo, se julgarem necessário. Quebro sigilo bancário, fiscal, telefônico… O que precisarem”, ressaltou.
Operação Miqueias
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 19, uma operação no intuito de desarticular quadrilhas que cometiam crimes contra a previdência pública. Ao todo, 15 prefeituras são investigadas, sendo seis de Goiás.
Até o momento, 102 mandados judiciais já foram expedidos nos estados do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Amazonas, Rondônia e Goiás.
A investigação dura 18 meses e a suspeita é de que R$ 300 milhões foram desviados por duas organizações criminosas.
Segundo a PF, os criminosos utilizavam contas bancárias de empresas de fachada com o intuito de ocultar os responsáveis pelas movimentações financeiras. Depois que o dinheiro era depositado nas contas bancarias das emprsas, os valores circulavam pelas demais contas em poder da quadrilha até serem sacados.
Os municípios onde as organizações atuavam são: Manaus (AM), Ponta Porã (MS), Porto Murtinho (MS), Queimados (RJ), Formosa (GO), Caldas Novas (GO), Cristalina (GO), Águas Lindas de Goiás (GO), Itaberaí (GO), Pires do Rio (GO), Motividiu (GO), Jaru (RO), Barreirinhas (MA), Bom Jesus das Selvas (MA) e Santa Luzia (MA).
(Com informações da Agência Brasil)