Sambistas lamentaram a morte de Almir Guineto, nesta sexta (5) em decorrência de problemas renais crônicos e diabetes.
“É uma perda irreparável. A gente sabe o que o Almir significa para o samba. A importância dele nisso tudo. O mundo do samba vai sentir esta perda” disse à reportagem o sambista Ubirany, que no final da década de 1970 fundou o grupo Fundo de Quintal ao lado de Almir.
Ubirany chegou a visitar o amigo no hospital onde estava internado desde março. “A verdade é que ele descansou, estava sofrendo muito”. Ubirany relembra que, antes dos problemas de saúde, Almir estava em plena atividade: “A coisa que ele mais adorava era o palco”.
Ubirany continua com o Fundo de Quintal; Almir deixou o grupo nos anos 1980 e seguiu carreira solo. “Todo o tempo mantivemos contato e gravamos músicas dele. Tínhamos a mesma ideologia musical. Ele deixou muita coisa bonita para a gente cantar. A obra fica, a vida segue e ele ficará feliz de nos ver seguindo em frente.”
O próximo show do Fundo de Quintal está agendado para este sábado (6).
ZECA PAGODINHO
“Está passando um filme na minha cabeça. Ele era um mestre, uma entidade. Aprendi muito observando o que ele fazia. Comecei a minha carreira agarrado na bainha dele. Quando fui para São Paulo, ele me acolheu. Fizemos muita música juntos, andamos muito por aí.”
O sambista confirma que os últimos meses foram difíceis para Almir. “Ninguém gosta de ver amigo sofrer. A gente é egoísta de não querer perder a pessoa, mas ele estava sofrendo”, conclui.
“Lama nas Ruas”, música que Zeca escreveu com Almir, ainda faz parte de seu repertório. “Não sou fã de homenagens. A dedicação à nossa amizade foi muito grande, farei minhas homenagens em orações.”
PAULA LIMA
“Obrigada pelos versos, pela poesia, por compartilhar seu samba e magia com a gente. Obrigada pela presença e existência! Muito amor e respeito máximo! Leve esse suingue todo lá pra cima! Descanse em paz grande e querido mestre”, escreveu a cantora em uma rede social.