O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que uma operação militar do país, realizada neste fim de semana no Afeganistão, matou o principal líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, de 71 anos. A informação – divulgada pela imprensa mundial – foi dada por Biden na Casa Branca, em uma declaração oficial, do que seria o maior golpe para o grupo militante desde que seu fundador, Osama bin Laden, foi morto em 2011.
Ainda de acordo com Biden na declaração, Zawahiri era o “cérebro de ataques contra americanos” e atuava como número dois da organização terrorista na época dos atentados de 11 de Setembro, ou seja, era procurado pelos americanos há mais de duas décadas. O ataque, feito pela manhã em Cabul, capital do Afeganistão (noite de sábado (30), pelo horário de Brasília), teve como arma um drone e não deixou mais nenhuma vítima, segundo informaram.
“A justiça foi feita e esse líder terrorista não existe mais […] Nós nunca recuamos”, disse Biden na declaração na Casa Branca.
Apesar disso, é difícil saber o que realmente aconteceu. Afinal, as informações são dadas apenas pelas autoridades que falam sob condição de anonimato. Nestas informações, eles disseramq ue Zawahiri foi atingido com dois mísseis Hellfire quando estava na varanda de um abrigo em uma zona movimentada da cidade e que a inteligência dos EUA determinou com “alta confiança” que o homem morto era ele.
Nos últimos anos houve muitos rumores sobre a morte de Zawahiri, além disso, há muito tempo se dizia que ele estava com problemas de saúde. Vale lembrar também, que o governo americano chegou a oferecer US$ 25 milhões (mais de R$ 110 milhões) como recompensa por informações que levassem a sua prisão.
Egípcio de nascimento, Zawahiri também era médico e tido do como responsável por vários outros ataques a tropas e instituições americanas entre os anos 1990 e 2000. Segundo o governo americano, ele ajudou a planejar um ataque no Iêmen que matou 17 oficiais da Marinha americana e foi indiciado nos EUA por participar dos bombardeios a embaixadas no Quênia e na Tanzânia em agosto de 1998, que mataram 224 pessoas e deixaram mais de 5.000 feridas.