O governo russo disse que não considera, apesar de não descartar, que uma ação terrorista tenha provocado a queda de um avião militar do país no mar Negro, no domingo (25).
A aeronave, um Tupolev 154 no qual viajavam 84 passageiros e 8 tripulantes, desapareceu dos radares cerca de 20 minutos após decolar do distrito de Adler, próxima ao balneário de Sochi, no sul do país. Não há sobreviventes.
O ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, afirmou nesta segunda-feira (26), na TV, que uma falha técnica ou erro do piloto, e não terrorismo, tenha sido a provável causa do acidente aéreo.
As operações de resgate dos corpos continua. Mais de 3.500 pessoas em 45 navios -incluindo 135 mergulhadores- fazem uma varredura no local do acidente e ao longo da costa, com o apoio de cinco helicópteros e drones, de acordo com o Ministério da Defesa do país.
Na manhã desta segunda-feira (26), as equipes que trabalham nas buscas resgataram 11 corpos. Todos foram levados para Moscou, para processo de identificação.
Uma investigação foi aberta para determinar os motivos da queda do avião e para verificar se houve violações de normas de segurança aérea.
Os investigadores iniciaram os trabalhos interrogando os técnicos encarregados de preparar a aeronave antes da decolagem.
Segundo relatos, as condições de voo eram favoráveis no momento do acidente. Conforme informações do Ministério da Defesa, a aeronave acumulava 6.689 horas de vôo em 33 anos.
Vários Tupolev-154 sofreram acidentes nos últimos anos. Em 2010, uma aeronave deste modelo com 96 pessoas a bordo, entre elas o presidente polonês Lech Kaczynski e altos funcionários, caiu quando tentava aterrissar próximo de Smolensk, no oeste da Rússia. Todos os ocupantes morreram.
Um ano antes da queda do avião com o presidente polonês, outro acidente grave com uma aeronave do mesmo modelo, ocorrido em 10 de julho, que seguia do Irã para Armênia, caiu e deixou 168 mortos. Em 2006, três anos antes, um Tupolev russo da Pulkovo Airlines, com 170 pessoas a bordo, caiu a 45 km de Donetsk, na Ucrânia, quando seguia para São Petersburgo.
Folhapress