Um dossiê dizendo que a Rússia compilou informações comprometedoras de Donald Trump foi mostrado na semana passada pelos serviços de inteligência americanos ao presidente eleito e ao atual mandatário, Barack Obama.
As informações, não foram confirmadas pelos serviços de inteligência, estavam nas mãos de um ex-espião britânico com trânsito na Rússia e nos EUA. Os dados foram divulgados nesta terça (10) pela imprensa local.
O documento do ex-espião britânico foi enviado a uma empresa de pesquisa política e teria chegado a ser oferecido às campanhas de rivais do presidente eleito nas primárias republicanas e da democrata Hillary Clinton.
As informações foram entregues em um anexo ao relatório dos serviços de inteligência sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas, apresentado na última sexta-feira (6).
Agentes de inteligência afirmaram à imprensa que, devido a seu potencial explosivo, o dossiê foi divulgado a Trump e a Obama mesmo que os serviços ainda não tivessem confirmado suas informações.
Em mensagem no Twitter, Trump disse se tratar de uma notícia falsa. “Notícias falsas. É uma total caça às bruxas política”, disse, usando o mesmo termo que aplicou para criticar o relatório de inteligência russo.
O governo do presidente Barack Obama não comentou sobre a informação até o momento.ORGIASA íntegra do documento, exibido pelo site Buzzfeed, mostra que o governo de Vladimir Putin havia feito um esforço para influenciar Trump, que viajou diversas vezes à Rússia a negócios e devido ao Miss Universo.
O mesmo, diz o dossiê, havia sido feito com empresários próximos ao bilionário, com quem tinham contato há oito anos. Para tanto, guardaram informações das visitas e dos negócios para chantagear o presidente eleito.
Dentre elas, a que Trump teria ido a orgias com prostitutas em Moscou e São Petersburgo em 2013, durante visitas em que buscava uma forma de entrar com sua empresa imobiliária no mercado russo.Os russos também teriam a informação sobre propinas pagas por empresas de Trump a integrantes do governo da China e de uma reunião do advogado de Trump, Michael Cohen, com membros do Kremlin em agosto em Praga.
A visita seria para abafar a acusação contra Paul Manafort, assessor de campanha, de envolvimento em corrupção no governo do presidente ucraniano Viktor Yanokovich, derrubado em 2014. Cohen disse que nunca viajou à República Tcheca.
(FOLHAPRESS)
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