O governo de Roraima pediu, nesta segunda-feira (7), a prorrogação da presença da Força Nacional de Segurança no Estado por mais seis meses.
O pedido foi feito pela governadora Suely Campos (PP) ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, e tem como foco a segurança no entorno da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, onde em 6 de janeiro 31 presos morreram vítimas de confronto entre grupos rivais.
A Força Nacional está em Boa Vista desde então, dois meses após o Estado ter feito pedido ao ministério sob a alegação de que o governo não tinha como “garantir a integridade física” dos presidiários de “forma plena”.
Se a prorrogação for confirmada, os agentes deverão ficar até o início de 2018 em Roraima.
De acordo com o governo de Estado, entre os pontos para o pedido de prorrogação estão a necessidade de restabelecimento do acesso aos advogados, da assistência religiosa, do serviço de saúde e o início do ano letivo na unidade prisional.
Com o prédio ainda danificado, é necessário mais policiamento no entorno da prisão, local em que a Força Nacional tem atuado.
A penitenciária abrigava a “favela marmitex”, revelada pela Folha de S.Paulo, com barracos feitos de madeira, lona, restos de alvenaria e até tampas de marmitex.
A favela nasceu no interior da penitenciária no setor conhecido como “ala da cozinha”, em alusão ao seu objetivo antigo.
Em maio, uma operação retirou 348 detentos da penitenciária e destruiu a “favela marmitex”.
O efetivo atual da Força Nacional no Estado é de cerca de cem agentes. Questionado sobre o pedido, o Ministério da Justiça não comentou o assunto até a publicação deste texto. (Folhapress)