O ex-jogador e empresário Ronaldo participou de sua primeira coletiva de imprensa no Cruzeiro nesta terça-feira e comparou a situação do clube a de um paciente grave na UTI. O Fenômeno adquiriu 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em dezembro e inicia sua trajetória como gestor.
“O cenário hoje é bem complicado. Encontramos um cenário trágico no clube. Diria que o Cruzeiro é um paciente grave na UTI e nós estamos oferecendo o tratamento necessário para que saia dessa condição, e que possamos fazer o máximo para que o Cruzeiro seja o clube grande que merece ser”, disse.
Ronaldo também detalhou o processo de trabalho previsto, disse que quer inaugurar um novo padrão de gestão e afirmou que encontrou um “cenário trágico”, com receitas já antecipadas e gastas.
“Isso não quer dizer que não vamos ter uma equipe competitiva. Ainda estamos descobrindo o tamanho do buraco que existe no clube. De imediato, nós temos algumas dívidas que não podem ser ignoradas que são as que podem gerar um transfer ban”.
O Fenômeno explicou a saída do goleiro Fábio, que gerou protestos de torcedores, e disse que o clube é maior que qualquer atleta. Dentre algumas das discordâncias entre as partes na negociação, o Cruzeiro havia oferecido uma despedida ao ídolo ao fim do Campeonato Mineiro, mas o jogador queria um contrato até o fim do ano.
“O Fábio foi e vai ser sempre ídolo para o Cruzeiro. Nós fizemos um esforço muito grande para apresentar uma proposta decente a ele, respeitando a sua trajetória no clube. Infelizmente, durante a negociação, houve uma negativa por parte dele, o que nos pegou de surpresa, mas entendemos que todo o sacrifício foi feito e precisamos virar a página. Os desafios do clube são gigantes. Toda vez que abrimos uma gaveta, encontramos uma surpresa negativa”.
(Conteúdo Estadão)