As contas públicas tiveram no mês passado o pior desempenho para meses de março em 22 anos, quando começa a série histórica, divulgou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (25).
O déficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) foi de R$ 24,8 bilhões em março, um crescimento real (descontada a inflação) de 115,3% na comparação com o mesmo período de 2017.
No mês passado, o déficit do Regime Geral de Previdência Social somou R$ 20,1 bilhões, montante 50% maior do que o registrado no mesmo mês de 2017.
O resultado também foi influenciado pela antecipação de pagamentos de valores decorrentes de decisões judiciais (precatórios), que no mês passado somaram R$ 9,5 bilhões.
Mesmo sem esse pagamento, entretanto, o rombo totalizaria R$ 15,3 bilhões, ainda o maior da série para o mês.
A receita líquida de transferências a Estados e municípios teve queda de 0,6% na comparação com março de 2017.
Nesta terça (25), a Receita Federal informou que o crescimento da arrecadação se desacelerou em relação ao desempenho de janeiro e fevereiro, acompanhando o ritmo mais lento do que o esperado da retomada da economia.
Já as as despesas, influenciadas pela alta dos gastos com a Previdência e despesas com pessoal, subiram 12,6% na mesma comparação.
No acumulado em 12 meses, o déficit acumulado é de R$ 119,5 bilhões. A meta para o ano é de um déficit de R$ 159 bilhões.
O Tesouro ainda informou que os investimentos totalizaram R$ 5,4 bilhões em março, um crescimento de 90,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. (Folhapress)