O volante Romário ex-Vila Nova que é acusado de participar de um esquema de manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro na temporada passada, concedeu entrevista ao Globo Esporte na TV Anhanguera. Respondeu questionamentos a respeito da situação que vem sendo investigada pelo Ministério Público de Goiás.
Na conversa com a repórter Karla Izumi revelou que foi procurado por Bruno Lopez de Moura, que chegou a ser preso na operação ‘penalidade máxima’, mas disse que não “iria fazer” parte do esquema já que não poderia jogar: “Tinha ido para os Emirados e quando voltei a janela estava fechada. Falei isso. Continuaram insistindo e mandaram eu passar contatos de outros jogadores do Vila Nova”.
Na sequência da entrevista, Romário afirmou que o meio-campista Domingos que faz parte do elenco atual no Vila Nova: “Passei o número de outro jogador do Vila, que era o Domingos. Não sei o que os dois conversaram. Recebi uma parte só por ter passado o contato”.
O volante disse que dos R$ 10 mil antecipados, R$ 5 mil foram para ele e o restante para Domingos, que estava ciente do acordo e que não sabe o motivo da não rescisão de contrato a exemplo do que foi feito com ele no Onésio Brasileiro Alvarenga.
Um vídeo foi mostrado por Bruno Lopez, segundo Romário, mostrando como funcionava o esquema: “Só que hora nenhuma eu aceitei fazer isso. Eles já sabiam que eu não podia jogar e meu erro foi passar o contado de outros jogadores. Não passei de vários, não só o Domingos. Só que o Bruno foi logo no Domingos.
Romário disse que nunca cometeu um pênalti de proposito, nem recebeu o cartão amarelo ou forçou um escanteio para beneficiar alguém. Ele espera a conclusão do caso para voltar a jogar futebol: “Espero ser considerado inocente. Não tenho nada a ver. Tem conversas provando que a todo momento eu falei para eles que não iria fazer. Posso voltar depois do que o juiz decretar, se vou pegar punição ou não. Quero seguir com minha carreira”.