Técnico do inédito ouro olímpico da seleção brasileira, Rogério Micale acabou demitido nesta segunda-feira (20) após não conseguir classificar a equipe sub-20 para o Mundial da categoria. O treinador, no entanto, fez questão de ressaltar sua passagem (e números) pelo time e classificou a demissão como “inesperada”.
“Primeiramente vamos falar de números, foram 50 jogos, nos quais tivemos apenas 7 derrotas. O total de aproveitamento foi de 68,66%. Sobre resultados em torneios, fomos vice no Mundial, bronze no Pan-Americano, vice no Torneio Swon, campeão no Torneio de Talca e conquistamos um título inédito ao Brasil: a medalha de ouro olímpica. Por fim o quinto lugar no Sul-Americano, sendo nosso pior resultado”, comentou por meio de sua assessoria de imprensa.
“Apesar do desligamento inesperado, descanso tranquilo, ciente de que dei o melhor que pude e não poupei esforços. Sigo em frente contente por ter participado da realização do sonho de tantos brasileiros e é isso que me move a dar continuidade do meu trabalho”, acrescentou.
Micale ainda comentou sobre a dificuldade da liberação de atletas junto aos clubes, o que, segundo ele, prejudicou seu trabalho. “Ao avaliar todo esse período, alguns pontos devem ser levantados. Um obstáculo enfrentado em todos os momentos foi a dificuldade liberação dos atletas, o que limitava consideravelmente o desempenho ideal de trabalho”, disse.
Além de Micale, também foram demitidos o preparador de goleiros Rogerio Maia, o coordenador de scout Paulo Xavier, o administrador Gustavo Copertino e o supervisor Vinicius Costa. Antes, o coordenador das categorias de base, Erasmo Damiani, já havia deixado o cargo. Em todos os casos, pesou na decisão da CBF a má campanha no Sul-Americano sub-20.
Micale assumiu o comando das equipes de base em 2015, após passagens vitoriosas por times de juniores de clubes nacionais.