O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) avaliou a aproximação do Republicanos com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Diário de Goiás publicada nesta quarta-feira (31/06). Apesar do partido não estar na base tem contribuido com votações de interesse da gestão federal e dá sinais que pode compor em breve com a administração.
Ao DG, Rogério Cruz declarou que o presidente nacional da legenda, Marcos Pereira é um homem que sabe “dialogar e ouvir”. Pereira também é deputado federal e vice-presidente da Câmara. “O presidente Marcos Pereira sempre deixou bem claro que o Republicanos seria um partido independente e que busca harmonia com o Governo Federal. E ele é muito aberto para isso. Como sempre digo, o diálogo resolve muitos problemas”, destacou.
Para Cruz, uma eventual aproximação faz bem ao país. “Marcos Pereira é do diálogo e de ouvir e tomar decisões não precipitadas mas decisões corretas que possam saber que as pessoas entendam que o Republicanos está ajudando o país. Se o presidente Marcos Pereira tem aberto esse diálogo com o Governo Federal é para benefício do próprio país”, salientou.
“O Republicanos não trabalhou com o Governo Federal mas se o Governo Federal tem vantagens em beneficiar a população, não tenho dúvidas que o parlamentar do Republicanos estará junto com o Governo Federal para alinhar e trazer benefícios a população.”
Questionado se não faltava coerência haja vista que o Republicanos andou todo o tempo com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cruz discorda e justifica a mutação. “A democracia é uma coisa muito bacana. Ela é livre e os partidos também são livres. A partir do momento que os parlamentares assumem a sua cadeira e querem fazer jus aos votos que recebeu dos eleitores, ele vai trabalhar de uma forma que possa colaborar com a gestão de quem está a frente, no caso lá, do governo Lula”, pontua.
A entrevista foi publicada antes da votação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória que reestrutura os ministérios da gestão federal. 31 deputados federais, incluindo Jeferson Rodrigues (de Goiás) votaram a favor do projeto. Apenas 9 foram contrários.
Proporcionalmente, a votação foi maior que partidos que teoricamente estão na base, incluindo ocupando cargos no primeiro escalão como o União Brasil que teve 15 votos contrários.