Rogério Ceni é o novo técnico do São Paulo. O treinador aceitou a proposta que recebeu da diretoria e vai substituir o argentino Hernán Crespo, que definiu em comum acordo a saída do clube nesta quarta-feira. O ídolo tricolor dará início à sua segunda passagem como treinador no Morumbi. Será seu segundo trabalho nesta temporada, após ser demitido do Flamengo em julho Ele assinou contrato até o dezembro de 2022.
Ceni sempre foi prioridade entre os membros da diretoria, que agiu rápido e definiu o retorno do treinador no mesmo dia em que foi anunciada a saída de Crespo. O ex-técnico do Flamengo não pensava em começar um novo trabalho no fim da temporada, mas o fato de a proposta ter vindo do São Paulo, clube do qual é ídolo, fez mudar com que mudasse seus planos.
“Precisávamos tomar uma decisão rápida, e, indo ao encontro da nossa linha de raciocínio e ao diagnóstico de todo o departamento de futebol, a opção correta era o Rogério Ceni. Já havia deixado claro que, em caso de vacância no cargo, ele seria a nossa primeira alternativa, se estivesse livre no mercado. Como bom são-paulino que é, não precisou de mais de 15 minutos para acertar essa volta para casa”, explicou o presidente Julio Casares.
Segundo o São Paulo, Ceni já teve contato com o elenco e quer comandar a equipe já na partida desta quinta-feira, às 19h, no Morumbi, contra o Ceará, pela 25ª rodada. “Ele encarou esse convite como uma convocação. Afinal, a imagem do Rogério está diretamente ligada ao clube. Até por se sentir em casa, ele quis começar o trabalho imediatamente”, acrescentou Casares.
Ceni iniciou a carreira de técnico no São Paulo, teve uma passagem vitoriosa pelo Fortaleza, ficou um período curto no Cruzeiro e seu último trabalho havia sido no Flamengo. No clube carioca, foi campeão brasileiro e estadual, além da Supercopa do Brasil, mas acabou demitido em julho passado e substituído por Renato Gaúcho.
O treinador comandou o São Paulo pela primeira vez em 2017, menos de dois anos depois de encerrar sua carreira de jogador. Ficou sete meses no cargo e foi dispensado em julho daquele ano. Naquele momento, o time estava na zona de rebaixamento do Brasileirão e não ganhava havia seis jogos.
Em 2017, o ex-goleiro comandou o São Paulo em 34 partidas, com 14 vitórias, 11 empates e nove derrotas – aproveitamento de 51% dos pontos. O time fez campanha ruim no Brasileirão, mas depois se livrou da queda. Além disso, o clube acumulou no primeiro semestre daquela temporada eliminações em três competições: no Paulista, para o Corinthians, na Copa do Brasil, diante do Cruzeiro, e na Sul-Americana, para o Defensa y Justicia, da Argentina.
Desta vez, vai encontrar uma equipe que não integra a zona de rebaixamento, mas não consegue abrir distância dela. E isso foi determinante para a saída de Crespo. O desafio imediato de Ceni no comando são-paulino será quebrar a série de cinco empates seguidos que empacaram o time no torneio nacional, o único que restou para disputar após as eliminações na Libertadores e Copa do Brasil. O clube soma 30 pontos e ocupa o 13º lugar.
(Conteúdo Estadão)