A partir da pré-temporada de 2017, Rogério Ceni assumirá o comando da equipe e iniciará a sua trajetória como treinador do São Paulo. Nesta quinta-feira (8), no Centro de Treinamento da Barra Funda, o comandante foi apresentado e mais uma vez declarou o seu amor pelo clube. O treinador recebeu as boas-vindas do Presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e projetou este novo desafio na carreira.
“O São Paulo será comandado por um são-paulino. Mais do que qualquer coisa, quero dar as boas vindas e desejar toda sorte na sua nova trajetória, seguro de que ele está totalmente preparado para essa função que será árdua e muito séria. Ele traz consigo uma marca vitoriosa, porque é um vencedor. A história no São Paulo diz isso”, afirmou o dirigente são-paulino.
Antes de conceder a sua primeira coletiva de imprensa como técnico do São Paulo, Rogério Ceni prestou solidariedade às vítimas de tragédia na Colômbia. “Antes de responder qualquer questão, quero agradecer as palavras do presidente, a presença dos outros dirigentes que também foram importantes para estar aqui e dar prosseguimento a minha história de 26 anos. Talvez não fosse o dia mais indicado, devido a essa tragédia recente da Chapecoense. Tudo aqui é secundário perto do que aconteceu na semana passada. Quero expressar minhas condolências. A vida, infelizmente com essas perdas, tem de continuar. Mas sempre fica um pouco de tristeza. Isso será eterno”, afirmou.
E logo em sua primeira resposta, o comandante exaltou a torcida tricolor. “O torcedor é sempre importante. A mudança de formatação do Campeonato Paulista nos traz seis jogos no Morumbi. Acho que o anel superior (arquibancada) deveria continuar com preço popular para que tenhamos sempre 40 mil pessoas. O apoio do torcedor sempre foi e sempre será fundamental”, afirmou o técnico são-paulino.
No seu retorno, o comandante reiterou o seu amor pelo clube, revelou um grande aprendizado profissional na Europa e projetou uma equipe forte para recolocar o São Paulo no caminho das conquistas. “No segundo semestre deste ano, fui para a Inglaterra, passei vários dias, foram 128 horas de curso na Inglaterra para aprimorar o inglês e para o aprendizado que o curso oferece. A minha intenção era fazer o curso completo, mas apareceu essa oportunidade e não podia deixar passar”, disse Ceni, que completou.
“Interrompi os cursos, segui minha paixão que é o São Paulo. Foi um ano de muito aprendizado, pude estar no Liverpool, no Chelsea, no Southampton, no West Ham, Watford. Depois, por último tive uma semana proveitosa com o Sampaoli no Sevilla. Essas experiências foram importantes. Pude acompanhar vários jogos, ver atuações de times profissionais e Sub-23. Pude tirar o máximo de conhecimento da Inglaterra, que para mim era o máximo na Europa”, acrescentou.
Por fim, o treinador revelou os motivos que o motivaram para encarar este novo desafio profissional. “Meu coração disse que se o São Paulo me chama, eu jamais poderia recusar. A profissão de técnico não se traz somente em relação ao conhecimento, mas sim à gestão de pessoas. Por isso, que é preciso ter uma simbiose entre todas as áreas. Quando as partes caminham do mesmo jeito, tudo pode dar certo. O que me move são os grandes desafios”, opinou o comandante, que emendou.
“No São Paulo, passei por todos os tipos de situações, de glórias aos fracassos. Não espero ser julgado como atleta e sim como treinador. Vou montar uma equipe de trabalho muito boa. Vamos fazer o máximo para ter um elenco mais forte. Será um desafio preocupante e ao mesmo tempo, fascinante. Coisas pequenas não trazem emoção. Foi o que me trouxe de volta aqui. Vim aqui em busca da glória”, final