SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A temporada 2016 do São Paulo termina como as últimas: Rodrigo Caio é o principal ativo do clube. Valorizado após uma grande Olimpíada, o zagueiro, a exemplo do que aconteceu em 2014 e 2015, é a maior possibilidade de entrada de dinheiro nos cofres são paulinos, seja para ajudar a regularizar a situação financeira ou investir em reforços.
O fato de o Conselho Deliberativo do São Paulo ter vetado os R$ 20 milhões de luvas do contrato de transmissão de TV aberta com a Globo fez com que a diretoria buscasse outras maneiras de reforçar o caixa. Além do pedido de empréstimo bancário, a venda de jogadores pode ser uma solução. Por isso, com convocações para a seleção brasileira e 23 anos, Rodrigo Caio é o jogador mais valioso do elenco e, talvez, possa ajudar a recuperar as finanças do clube.
A princípio, a ideia do São Paulo era manter Rodrigo Caio no elenco para 2017. Rogério Ceni considera o zagueiro uma das principais peças do time. Além da qualidade dentro de campo, o treinador vê o defensor como um dos líderes do time, tanto que o zagueiro foi um dos primeiros a conversar com Rogério quando ele acertou com o São Paulo, em novembro.
Para evitar que o Rodrigo cedesse ao mercado europeu, a diretoria tinha como estratégia oferecer a renovação do contrato por mais seis meses e um aumento salarial (ele recebia muito menos do que o teto do clube, de R$ 350 mil). Desta maneira, o vínculo passaria de outubro de 2018 para junho de 2019 e a multa rescisória teria o valor ampliado.
Mesmo com a renovação, entretanto, dirigentes do clube admitem negociar o zagueiro com tranquilidade. Embora a permanência seja uma possibilidade, a abertura tanto do jogador como do clube para um negócio com um grande time europeu é total. Rodrigo nunca escondeu o desejo de um dia jogar em um grande clube da Europa. Já esteve perto de se transferir para a Espanha (Valencia e Atlético de Madrid) no ano passado, mas as negociações não se concretizaram. No início desta semana, a diretoria do São Paulo deve se reunir com o empresário do jogador, Carlos Leite, para discutir o assunto.