Servidores públicos de diversos segmentos do governo estadual, em especial, da segurança pública clamam em manifestação, nesta quinta-feira (28/10) pelo pagamento da data-base em atraso referente aos anos de 2015, 2018, 2019 e 2020. No entanto, apesar do secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda ver uma perspectiva de futuro melhor para a categoria, a demanda não poderá ser atendida no momento.

“Hoje não há essa possibilidade [pagar a data-base] sem comprometer toda a estrutura de recuperação que o governador tem liderado desde o início de 2019. Esse problema não foi causado por este governo. Não estão pedindo recomposição por parte desse governo. Estão pedindo uma recomposição que não é feita desde 2015”, disse em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira na porta do Palácio das Esmeraldas. Ele não especificou que duas dessas datas-bases já estavam debaixo da égide do democrata: 2019 e 2020. 

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No entanto, ressaltou que é possível que tudo seja revisto e no ano que vem possa ser possivel corrigir os débitos em torno da data-base. “Seria muito fácil virar as coisas para o passado e começar a trabalhar só a nossa questão. Mas temos responsabilidade inclusive com os servidores. Nós aqui falamos a verdade e o que está acontecendo. Acredito que maior parte dos servidores vai entender esse momento e temos a boa perspectiva de ano que vem resolvermos esse passado crítico”, destacou.

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Rodney Miranda explicou que o governador Ronaldo Caiado ressaltou o momento de crise econômica que Goiás tem passado e as dificuldades que o Estado vive. “Todas as entidades representativas tanto das forças de segurança pública como o presidente do Sindipúblico e foi falado sobre a real situação econômica e jurídica do estado de Goiás.”

Rodney também destacou que o Caiado propôs a criação de um fórum permanente de discussões para a busca de uma solução ao problema e que o diálogo fosse mantido. “O governo propôs que fosse levar para a Assembleia essa proposta e depois trazer pra gente a criação de um fórum permanente de discussões para que achemos uma solução econômica e jurídica sobre essa necessidade dos servidores de recomposição. Sem logicamente, quebrar e inviabilizar o estado de Goiás. O governador determinou que toda a equipe tenha transparência dos números, da situação jurídica e financeira do estado”, pontuou.

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Profissionais da segurança pública fazem mobilização geral cobrando “perdas salariais da data-base

Marcada para às 14h, desta quinta-feira (28/10) os servidores da Segurança Pública prometem uma mobilização geral na porta da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para tratar sobre o reajuste da data-base dos anos em 2015, 2018, 2019 e 2020. No total as perdas salariais chegam a 26,81%.

A mobilização geral é de todos os servidores e militares do Estado de Goiás e alcança também os policiais civis, convocados pela União Goiana dos Policiais Civis. Segundo José Virgílio, presidente da Ugopoci, servidores de outras categorias também estarão presentes. “A data-base é para todo o mundo. Não só para segurança pública, mas também saúde e educação. Sobrevivemos do salário, não temos outra fonte de renda para sobreviver”, destacou.

No total são 32 entidades que devem receber aproximadamente 4 mil manifestantes. “O pessoal está 100% mobilizado. Tem ônibus vindo de todo o estado de Goiás. Vamos colocar as possibilidades para a Assembleia [Legislativa] avaliar o ”que pode ser feito”, destacou Virgílio. 

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