O prefeito de Anápolis e candidato à reeleição, Roberto Naves (PP), garantiu nesta segunda-feira (23) que o município não viverá novamente um período de restrições às atividades econômicas caso haja uma segunda onda da covid-19.
“Caso aconteça de surgir uma segunda onda, vamos manter a cidade aberta. Não vamos decretar lockdown, não vamos fechar a cidade. Nosso sistema saúde está preparado para enfrentar da melhor maneira e dar atendimento a todo cidadão anapolino que precise”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.
Atualmente, Anápolis conta com 130 leitos municipais exclusivos para covid-19, sem contar leitos mantidos pelo governo do estado e privados da cidade. A taxa de ocupação dos leitos municipais vem se mantendo baixa desde setembro, com apenas 14 ocupados atualmente. A taxa de ocupação das UTIs está nesta segunda-feira em 8%. Nas enfermarias, é de 12,5%.
O prefeito destaca também que, por ora, não há um aumento no número de novos casos em Anápolis. Ele pondera que acredita que, se houver uma segunda onda, ela virá em meados de março. “É um período que podemos estar próximos de ter a vacina”, disse.
Situação fiscal
Naves assumiu a prefeitura em janeiro de 2017 e lembrou que, à época, o país vivia uma grave crise econômica. O prefeito relata que recebeu a gestão com cerca de R$ 200 milhões em dívidas, mas diz que conseguiu organizar a situação fiscal do município. A última parcela de precatórios, revela, será paga nesta segunda.
“Quitamos praticamente tudo. Existe um déficit anual natural que surge dentro dos balancetes por causa do empenho, do que foi executado. É um déficit contábil, mas o real de dívidas da prefeitura devemos ter quitado mais de 90% do que herdamos das gestões anteriores”, pontua.
Leia mais: Gomide acredita em virada no segundo turno
Naves pontua que a situação fiscal atual dá à administração todas as certidões negativos e possibilita a assinatura de convênios e empréstimos bancários. “A parte econômica avançou bastante. A prefeitura está preparada fazer Anápolis dar um novo salto. Aproveitar esse momento no qual a prefeitura tem condições financeiras equilibradas para poder avançar”, comentou.
Campanha
O prefeito começou atrás de Antônio Gomide (PT), com quem disputa o segundo turno, nas pesquisas, mas virou o primeiro turno na frente e quase levou a disputa no dia 15. Naves atribui a virada à “campanha propositiva, mostrando o que foi feito e o que queremos fazer nos próximos anos para melhorar a vida das pessoas”.
Ele reforçou que, se eleito, construirá o novo hospital municipal para ampliar a capacidade de atendimento. O Hospital Municipal Jamel Cecílio, segundo o prefeito, está obsoleto. “Durante décadas não foi modernizado e está muito aquém do que precisamos. Não temos condição de fazer cirurgias dentro do centro cirúrgico do hospital municipal”, cita.
A área para construção da estrutura está garantida e tem 16 mil m2. Ela fica no Jardim Palmares, na região leste da cidade. Os R$ 50 milhões que viabilizam a obra, diz Naves, também estão garantidos. “Com o novo hospital municipal, vamos ter autonomia para realizar cirurgias, exames e dar o atendimento que a população necessita”, afirma.
O prefeito lembrou ainda que o Politec, distrito industrial municipal, será implantado em breve, assim que a permuta de áreas for concluída. “Temos trabalhado dentro desse foco para atrair mais empresas e mais indústrias para gerar mais emprego e renda para nossa população”, disse.