O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) recebeu a Polícia Federal (PF) com tiros e granadas, neste domingo (23/10), e feriu uma agente e um delegado. Eles foram levados ao hospital e passam bem, de acordo com a PF.
A polícia foi até a casa de Jefferson, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir mandado de prisão, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atualmente, o ex-parlamentar, que é investigado por supostamente atuar contra a democracia por meio de milícias digitais, cumpre prisão domiciliar e está impedido de usar redes sociais.
Porém, na sexta-feira (21/10), ele apareceu em um vídeo, publicado por sua filha Cristiane Brasil, com xingamentos à ministra Cármen Lúcia, do STF.
Jefferson usou o sistema de câmeras de seguranças de sua casa para observar a chegada dos agentes da PF. “Reagi. Não vou me entregar. Só saio daqui morto. Chega. Cansei de ser humilhado”, disse, em vídeo gravado por ele mesmo.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre o caso. “Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”, afirmou.
Bolsonaro também escreveu na rede social que determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro “para acompanhar o andamento deste lamentável episódio”.
Em entrevista coletiva, o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, também condenou a atitude de Jefferson e culpou Bolsonaro por, segundo ele, incentivar a violência. “Não é um comportamento adequado. Não é um comportamento normal.”