Categorias: Cidades

Rio Verde: prefeitura condenada a criar vagas em creche

O município de Rio Verde está obrigado a fornecer, no prazo de um ano, 2 mil vagas em creches para crianças de até 3 anos e 11 meses de idade, sob pena do bloqueio de bens em contas do município do valor correspondente à mensalidade de creche particular. A sentença, proferida pelo juiz Wagner Gomes Pereira, confirma decisão liminar concedida em ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça Márcio Lopes Toledo.

Na foto, a imagem de uma creche inacabada, segundo registro do Ministério Público.

A ação, proposta em agosto do ano passado, visava garantir a prestação do serviço público de educação infantil, que, à época, tinha déficit de cerca de 2 mil vagas. Apesar de reconhecer a situação problemática, o município recorreu da decisão sob a argumentação de que o Poder Judiciário estaria interferindo nas políticas públicas municipais e, assim, afrontando a separação dos poderes, garantido pela Constituição Federal.

A administração municipal ainda enfatizou que estava providenciando a criação de 750 vagas para crianças de até 5 anos, decisão determinada em caráter liminar. Contudo, a criação de outras 2 mil vagas, dependeria da real disponibilidade de recursos financeiros do Executivo municipal, “não sendo possível que se exija o provimento de necessidades que, apesar de fundamentais estão fora dos limites da ‘reserva do possível’”, foi sustentado.

Entretanto, o magistrado destacou que a decisão não configura ingerência ou quebra do princípio da independência e harmonia entre os poderes, uma vez que o município deve sempre visar o bem da coletividade e, o Judiciário, assegurar a observância desta finalidade. “o governo municipal deve estar atento ao que prevê a lei, não podendo, portanto, a administração pública ser omissa e deixar de cumprir exigências contidas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo o direito à educação infantil, um direito fundamental social que deve ser assegurado com absoluta prioridade”, afirmou Wagner Pereira.

Ele acrescentou ainda que o município tem disponibilizado verba de valor considerável para outras áreas menos prioritárias, como publicidade e futebol profissional, “razão pela qual não há que se falar em dificuldades orçamentárias ou impossibilidades financeiras”, reiterou o magistrado.

Com informações do Ministério Público de Goiás

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .

Notícias Recentes

Com time reserva, São Paulo vence Atlético-GO que atinge 14 derrotas no Brasileirão

Nem a mudança de técnico alterou a rotina do Atletico-GO no Campeonato Brasileiro da Série…

11/08/2024

Equipe da França auxilia na remoção de motores da aeronave da Voepass e primeiros corpos são identificados

Neste domingo (11), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força…

11/08/2024

Polícia prende quadrilha especializada em furtar cartões presos em caixa eletrônico

Uma ação conjunta entre PMGO, PMDF E PMCE prendeu 4 integrantes de uma quadrilha que…

11/08/2024

Médica que iria embarcar em avião que caiu em Vinhedo mudou passagem após pressentimento do pai

A médica Juliana Chiumento comprou uma passagem para a viagem programada na tarde de sexta-feira…

11/08/2024

Licença-paternidade : Conheça a importância e as regras desse benefício

Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 115 países oferecem o benefício da licença-paternidade. No…

11/08/2024

“Saúde não é despesa, é investimento”, afirma Vanderlan Cardoso

“Saúde não é despesa, é investimento, principalmente na atenção primária”, ressaltou Vanderlan ao tratar da…

11/08/2024