As mortes de 35 macacos com suspeita de febre amarela estão sendo investigadas pela Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que já confirmou cinco óbitos de primatas em decorrência da doença, alguns deles ameaçados de extinção.
De acordo com a prefeitura, o Instituto Adolfo Lutz enviou resultados de exames que confirmaram que dois macacos bugios -mãe e filho- encontrados mortos no final do mês passado foram vítimas da doença.
Os animais morreram na zona rural da cidade. Antes, outros três macacos já tinham morrido de febre amarela, todos achados na área urbana, sendo dois na região central e o terceiro na Via Norte, uma das avenidas mais movimentadas de Ribeirão.
Com isso, ainda segundo a administração, dos seis resultados conhecidos até aqui, apenas um não confirmou morte dos primatas por febre amarela. Ribeirão Preto enviou ao Adolfo Lutz, desde o ano passado, 41 amostras de macacos mortos achados pela Vigilância Epidemiológica para análise.
Além dos ameaçados bugios, o município registrou mortes de saguis. No país, também já foram encontrados macacos mortos das espécies sauás, macacos-prego e muriquis.
No interior paulista, já houve mortes de primatas em cidades como Jaboticabal e na região de São José do Rio Preto. Bady Bassit, que teve a primeira morte no Estado desde 2009, e Batatais estão entre as cidades com mortes de humanos em decorrência da forma silvestre da doença.
Não há registro até o momento de transmissão urbana da febre amarela, o que ocorreria por meio de outro vetor, o mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, zika e chikungunya. A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942. (Folhapress)