O deputado Humberto Aidar (MDB) promove audiência pública na próxima segunda-feira, 19, às 14 horas, no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás, para debater o tema: “Revitalização da Praça do Trabalhador e Entorno”. Lembra que a Prefeitura de Goiânia já orçou a obra, no Centro de Goiânia, em R$ 6,6 milhões, incluindo o prolongamento da Avenida Leste-Oeste até Senador Canedo.
“A ideia do projeto de revitalização, que ainda não foi publicado no Portal da Transparência, é que o espaço possa ser utilizado como estacionamento público nos momentos em que não houver feiras livres. A Associação dos Feirantes da Feira Hippie, que alega que há muito tempo não se reúne com a Prefeitura para discutir o assunto, será convidada para o debate, assim como o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, engenheiro Dolzonan Mattos”.
Waldivino da Silva, presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, adiantou que o último projeto visto por ele foi o de 2015, com a mesma ideia de se fazer um estacionamento no local durante a maior parte da semana. “Nós rechaçamos esse projeto na época. Fomos até a Câmara Municipal e protestamos contra ele porque não pensaram nos feirantes”, conta. Segundo ele, a reivindicação é que o tamanho das bancas dos feirantes seja contemplado no projeto, resguardando o espaço atual de dois metros quadrados.
“Exatamente para ouvirmos todas as partes interessadas que estamos promovendo esse debate aqui na Assembleia”, ressaltou Humberto Aidar, que, através de sua assessoria, está convidados várias autoridades e entidades envolvidas para participarem dos debates. “Entendo que realmente é da maior importância que todos os interessados conheçam bem o projeto antes da sua execução”, acrescentou o parlamentar.
Dolzonan Mattos diz que a revitalização da Praça do Trabalhador voltou a ser discutida desde o ano passado e que faz parte do projeto da Avenida Leste-Oeste. O prolongamento da avenida vai passar entre a praça e a Rodoviária, cortando a Rua 44 e até mesmo desapropriando parte de imóveis desta região comercial da Capital. O secretário explica que as propostas dos interessados pela obra só serão recebidas no dia 19 de novembro e o serviço só deverá ser iniciado a partir de março do próximo ano, após o período de chuva.
Segundo Mattos, o Paço também vai negociar com os feirantes como será a logística durante a obra, de modo que a Feira Hippie possa ter o menor impacto possível. Segundo o presidente da associação, até então não houve qualquer contato sobre essa situação. “Há algum tempo nós protocolamos no Paço um pedido, porque eles nos perguntaram qual seria a nossa opção. Nós informamos que queríamos nos mudar para a Avenida Contorno, Rua 44 e Rua 69A.”
Neste caso os feirantes ficariam na calçada, mesmo com a abertura do comércio nessas ruas. Waldivino da Silva explica que este espaço, normalmente, tem sido ocupado por ambulantes que, por serem irregulares, não poderiam reivindicá-lo. “Deixaríamos o espaço de 1,5 metro para que os pedestres passassem e nós ficaríamos na calçada. É a única maneira da gente sobreviver, não tem outro espaço”, conta, negando que a ocupação do Mercado Aberto, na Avenida Paranaíba, ou o estacionamento do Parque Mutirama fossem outras opções para os feirantes.