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| Em 4 anos atrás

Reunião que pode definir extensão do lockdown parcial em Goiânia e região é reiniciada

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A reunião entre prefeitos da Região Metropolitana que definirá o futuro do lockdown parcial na Região Metropolitana de Goiânia foi reiniciada no começo da noite deste sábado (06/03) com presença também de representantes do Governo, do Ministério Público (MP-GO) e da Defensoria Pública do Estado de Goiás. O encontro pode definir a continuidade do lockdown ao longo da próxima semana. Ainda está na pauta uma proposta de paralisação total do transporte coletivo na região. Fontes ouvidas pelo Diário de Goiás pontuam que é muito difícil que a medida avance e que as restrições sejam mantidas. 

NOTA DO EDITOR: A reunião terminou no começo da noite deste sábado (06/03) e o decreto de lockdown parcial foi mantido pelos prefeitos da Região Metropolitana. Um novo texto deverá ser publicado ainda hoje com algumas alterações. Por exemplo, supermercados deverão receber apenas uma pessoa de cada unidade familiar. Clique aqui para ler a matéria atualizada.

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O pedido que representantes governo estadual e do judiciário participassem partiu dos próprios prefeitos que entendem existir alguns pontos melindrosos que envolvem a gestão estadual, como por exemplo, o transporte público que é metropolitano e a operação do Eixo Anhanguera, tocada pela Metrobus, empresa debaixo do guarda-chuva estatal. É importante que o governo participe nessas definições. No final das contas, mesmo dizendo que não iria participar, o próprio governador Ronaldo Caiado (DEM) marcou presença na videoconferência.

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A proposta foi feita ontem (05/03) pelo presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi e consiste em barrar por uma semana o transporte coletivo mas o MP-GO, Defensoria Pública do Estado estão resistentes à ideia que não deve avançar. O argumento é que o serviço feito pelas empresas de ônibus é essencial e não pode parar. A tendência, até aqui, é que as restrições sejam mantidas.

O principal argumento é que as UTI’s estão lotadas. Mesmo com a implantação de novos leitos em Goiânia durante a semana, a ocupação deles estava em 99,57% neste sábado (06/03). O número é alarmante e preocupa os gestores.

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Mas o setor do comércio insiste na ideia da paralisação do transporte público. A tese dos empresários é que dentro dos ônibus a aglomeração é inevitável e, por isso, o transporte individual seria mais apropriado. Os proprietários dos estabelecimentos iriam cuidar da logística de ida e volta dos funcionários ao trabalho. “Nós vamos proporcionar aos funcionários que cheguem ao trabalho. Quem tem carro, faz uma rota, e ele faz o transporte e trás os funcionários que estiverem perto. O vale transporte pode ajudar na gasolina. E aquele que não tem como chegar à sua porta, fará o home office. Menor será o prejuízo proporcionar esse transporte, do que continuar fechado, sem poder faturar”, destacou Baiochi em comunicado enviado à imprensa.

Mais cedo, ainda neste sábado, o presidente da Fecomércio-GO cobrou uma posição mais incisiva dos gestores. Disse que era um absurdo as Prefeituras liberarem o transporte público para operação mas mantivessem as portas das lojas fechadas. Para Baiochi, o problema é maior dentro dos ônibus, onde as pessoas inevitavelmente acabam se aglomerando, do que nos estabelecimentos, onde há maior facilidade de executar os protocolos.

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Marcelo Baiocchi também destacou que houve a apresentação de um toque de recolher durante a semana e mais rígido aos sábados e domingos. “Nas nossas propostas, temos levado várias sugestões, como o fechamento total das cidades das 22h da noite às 05h da manhã, não funcionar de sábados às 22h até a segunda às 05h da manhã”, pontuou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.