O senador e ex-atacante Romário criticou o veto à implantação do sistema eletrônico na arbitragem nacional. Romário entende que o afastamento da aparelhagem é um “retrocesso ao futebol”.
“A maioria dos clubes da Série A foi covarde ao não aprovar a implantação do ‘árbitro de vídeo’ no Brasileirão. Se a CBF é a promotora por que não bancar as despesas com o ‘árbitro de vídeo’? Para onde vai o dinheiro que recebe dos patrocinadores?”, escreveu Romário, nas redes sociais.
O Campeonato Brasileiro de 2018 não contará com a tecnologia do árbitro de vídeo. Em reunião do conselho arbitral ocorrida na segunda-feira (5), no Rio de Janeiro, os clubes da elite do futebol nacional reprovaram o uso do sistema na competição mais importante do calendário no país. Somente na Copa do Brasil, o VAR estará disponível -e bancado pela CBF.
Dos 20 participantes da Série A, 12 votaram contra a utilização do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro (Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará).
Sete clubes se mostraram favoráveis ao uso da tecnologia: Bahia, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras. O São Paulo não votou, já que o representante tricolor deixou a reunião antes da votação.
Segundo Sergio Correa, responsável por liderar os estudos sobre o sistema na CBF, os clubes contrários ao uso do VAR apresentaram diversos argumentos. A tecnologia entraria em ação somente depois da Copa do Mundo, no segundo semestre.
“Não foi exatamente a questão do custo. Teve clube que argumentou com a questão técnica, outro falou de testes, alguns de custos. Uma pena. Mas vamos seguir trabalhando para ter”, afirmou Correa.
De acordo com o estudo da entidade, o custo da instalação do VAR ficaria entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por jogo. O valor financeiro, segundo Manoel Serapião, atrapalhou as negociações para usar o sistema neste ano.