A SSP (Secretaria de Segurança Pública) da Bahia informou que foram retomadas neste sábado (26) as buscas pelas vítimas do acidente com a lancha Cavalo Marinho I, ocorrido na última quinta-feira (24). Segundo o órgão, nada foi encontrado durante todo o período de buscas de sexta (25), quando agentes de resgate continuaram procurando corpos ou sobreviventes.
A partir de informações de familiares, a SSP considera que duas pessoas ainda estão desaparecidas e o principal objetivo das buscas é a localização desses corpos. Policiais Militares, em Itaparica, continuam em contato com moradores da localidade. Segundo os parentes, as possíveis vítimas costumavam embarcar no horário em que a lancha saiu de Mar Grande. As informações são da Agência Brasil.
Devido aos relatos, os grupos de buscas trabalham, oficialmente, com dois desaparecidos. A SSP informou, ainda, que não há um prazo estipulado para o fim das buscas. No entanto, ao considerar a possibilidade da morte das duas vítimas, os corpos podem retornar à superfície até este domingo, quando as buscas serão retomadas.
A Polícia Civil da Bahia já havia informado sobre a abertura de inquérito policial, para apurar possíveis causas do acidente e, desde o ocorrido, vinte sobreviventes já foram ouvidos pelos responsáveis da 24ª Delegacia Territorial de Vera Cruz. Entre os depoentes , foram ouvidos passageiros e também tripulantes.
Além das pessoas que estavam na embarcação no momento do acidente, a Polícia Civil já informou a intimação dos proprietários da empresa responsável pela lancha que virou, que devem ser ouvidos na próxima semana. No entanto, já foi adiantado pelo delegado responsável pelos depoimentos, Ricardo Amorim, que não há indícios de superlotação na embarcação. Além disso, ele pede que todas as pessoas que estavam no acidente compareçam à delegacia de Vera Cruz, para prestar depoimento.
Após anunciar que havia alertado para a situação precária das embarcações que fazem a travessia da Baía de Todos-os-Santos, em Salvador, o MP-BA (Ministério Público do Estado da Bahia) determinou a criação de uma força-tarefa, para apurar “as circunstâncias e fatos” que motivaram o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I.
A iniciativa foi proposta pela procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado, que fará parte da força-tarefa. Ainda estarão no grupo especial sete promotores das áreas cível e criminal, além dos centros de apoio de defesa do consumidor, de proteção à moralidade administrativa, criminal, segurança pública e defesa social e de defesa do patrimônio público e moralidade administrativa.
Entre os integrantes da força-tarefa, está também a promotora Hoseane Suzart, que chegou a conceder uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta, onde informou que o MP já havia alertado para a situação precária das embarcações e a qualidade do serviço de travessia.
Segundo a promotora, o MP abriu duas ações civis públicas, uma em 2007 e outra em 2014, para que o serviço fosse melhor fiscalizado. Na mesma coletiva de imprensa, a promotora informou que, a partir da próxima segunda-feira (28), o órgão passará a receber famílias e vítimas do acidente que pretendem solicitar indenizações pelos danos. (Folhapress)