A rejeição ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) atingiu o maior valor desde o início da sua gestão, segundo pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta sexta (31). Para 55% dos entrevistados, a gestão Temer é ruim ou péssima.
Essa parcela era de 39% em junho de 2016, um mês após ele assumir a Presidência, ainda de forma interina. Em dezembro, chegou ao patamar de 46%.
Atualmente, o governo é considerado bom ou ótimo por 10% dos entrevistados, percentual que era de 13% em dezembro. Para 31%, a gestão do peemedebista é regular e 4% não souberam avaliar o presidente ou não quiseram responder.
A pesquisa CNI/Ibope ainda aponta que, em junho do ano passado, 66% dos entrevistados não confiavam no presidente. No levantamento desta sexta, o percentual alcançou 79%.
O levantamento foi feito entre os dias 16 e 19 de março, com 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A rejeição à gestão Temer é maior no Nordeste, onde 67% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo, em seguida vem o Sudeste, onde 52% reprovam o presidente. A região Sul é a que melhor avalia o governo presidente, onde 48% consideram ruim ou péssimo e 17% bom ou ótimo.
O governo Temer também é considerado pior que o governo Dilma Rousseff (PT) por 41% dos entrevistados, ante 34% que pensavam isso na pesquisa de dezembro. Para 38%, o governo é igual ao da ex-presidente e 18% consideram melhor.
De acordo com a pesquisa, 22% dos homens consideram o governo Temer melhor que a gestão Dilma, mas esse valor cai para 15% entre as mulheres.
A rejeição ao governo Temer, no entanto, não chega ao patamar que Dilma atingiu nos seus últimos meses. Em março do ano passado, às vésperas da abertura do processo de impeachment, a parcela da população que avaliava a gestão Dilma como ruim ou péssima era de 69%. Antes, em dezembro de 2015, chegou a 70%.
Mas, como Temer, o governo da petista era considerado bom ou ótimo por 10% da população. 80% dos entrevistados não confiavam na presidente. (Folhapress)