O relatório elaborado pelo Ministério da Defesa e divulgado nesta quarta-feira (09/11) sobre as urnas eletrônicas não encontrou indicativo de fraude no processo eleitoral. Ao contrário, o documento aponta que não ‘houve divergências’ totalização de votos, tanto no primeiro como no segundo turno.
“Em ambos os turnos, não se verificou divergências entre os quantitativos registrados no BU [Boletim de urna] afixado na seção eleitoral e os quantitativos de votos constantes no respectivo BU disponibilizado no site do TSE”, destaca um trecho do documento.
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O relatório poderia ser a última cartada do presidente Jair Bolsonaro (PL) contestar as eleições, mas na prática o Ministério da Defesa chegou aos mesmos votos que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último dia 30 de outubro e os dados da totalização estão corretos. Não há qualquer menção a fraude eleitoral no documento.
Apesar de não contestar o resultado das urnas, o documento aponta uma série de sugestões para os próximos pleitos. Uma delas foi a que o TSE promova “análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas” e a “ criação de uma comissão específica, integrada por técnicos renomados da sociedade e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”. No entanto, a OAB, o TCU e diversas outras entidades podem acompanhar todo o processo eleitoral.
No começo da noite desta quarta-feira (09/11), o TSE emitiu nota dizendo que, recebeu o relatório, e que, de fato, não houveram fraudes tampouco inconsistências no processo eleitoral. Apesar disto, acatará sugestões apontadas pelo Ministério da Defesa para futuras apurações. Leia a nota na íntegra:
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.
As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas.
O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos.
Essa matéria está sendo atualizada.