A Fifa divulgou nesta terça-feira (27) o “Relatório Garcia”, uma série de documentos sobre os processos de licitação para as sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022. A decisão da entidade de publicar o documento aconteceu depois de o jornal alemão “Bild” vazar parte do conteúdo.
Entre as acusações, o documento da Fifa afirma que o Qatar pagou US$ 7 milhões ao então presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Julio
Grondona, e ao então presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, com o objetivo de influenciar na decisão das duas entidades na escolha da sede da Copa do Mundo de 2022.
O pagamento da propina teria acontecido na organização do amistoso entre Argentina e Brasil, em novembro de 2010, em Doha, no Qatar. De acordo com o relatório, a partida teria acontecido para ajudar o Qatar a ser sede da Copa da Ásia de 2011 e rebater a alegação de desinteresse do país asiático em relação ao futebol, um dos argumentos contrários à escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo.
Ex-presidente da CBF e atualmente em prisão domiciliar nos Estados Unidos, José Maria Marin não foi citado no relatório da Fifa. O mesmo acontece com o atual mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro, Marco Polo del Nero.