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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Reformas irão se impor para o próximo presidente, diz ministro da Fazenda

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O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu a continuidade das reformas para garantir o equilíbrio fiscal do Brasil no próximo ano, “independentemente do que se diga em campanha”.

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“Não vai haver um crescimento sustentável sem a continuidade das reformas. Quem estiver no governo no ano que vem vai ter que enfrentar isso”, afirmou, durante entrevista à imprensa em Washington neste sábado (21).

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Guardia, que passou a semana no encontro do FMI (Fundo Monetário Internacional), diz que existe um consenso sobre a necessidade de reformas no Brasil, em função do crescimento da dívida pública.

Ele citou a reforma da previdência e a tributária como algo que “precisamos fazer”.

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“A realidade vai se impor de maneira tão clara que é muito difícil alguém desviar dessa rota. Senão, quem vai pagar o preço é a população brasileira”, disse.

O ministro defendeu que há uma “janela de oportunidade” para aprovar as medidas, em função da retomada do crescimento brasileiro e do bom momento da economia mundial.

“No futuro, a gente pode ter um cenário não tão favorável”, declarou.

Rota 2030

Assim como outros ministros reunidos no FMI, Guardia defendeu o livre comércio e se posicionou contrariamente a medidas protecionistas -uma discussão permanente ao longo da semana, em meio ao tensionamento entre EUA e China.

Para ele, o comércio internacional impulsiona o crescimento global e aumenta a renda em todas as economias. “É um ganha-ganha. Precisamos de um sistema de comércio forte e baseado em regras claras”, afirmou.

Guardia ainda mencionou o programa Rota 2030, nova política industrial para o setor automotivo que deve substituir o Inovar-Auto e que está em negociação no governo. Ainda não há data para seu anúncio.

O ministro afirmou que há “muita controvérsia” em relação às contribuições do Inovar-Auto para a economia brasileira, e disse que é preciso pensar no “custo de oportunidade” de novos incentivos fiscais nesse momento.

“Os recursos são escassos. Então, tem que ter muito critério para qualquer gasto novo que seja feito, seja gasto direto ou tributário”, declarou.

Estudos recentemente divulgados pelo Banco Mundial fizeram duras críticas às políticas industriais do Brasil: para o órgão, programas como o Inovar-Auto distorceram o mercado e levaram a um desperdício de recursos públicos.

A Fazenda está relutante em conceder benefícios ao setor. As montadoras, porém, defendem que o Rota 2030 é necessário para equilibrar a competitividade da indústria no cenário mundial e realizar a transição para um ambiente sem incentivos tributários. 

O que se discute nesse momento é a criação de créditos tributários para empresas que invistam em inovação. (Folhapress) 

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