O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) disse, nesta terça-feira (17) durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que o governo Lula deve aprovar a reforma tributária do imposto de renda no segundo semestre deste ano. Segundo o ministro essa é a maneira de desonerar os mais pobres e “onerar quem hoje não paga imposto”.
”No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto, precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, disse.
Ainda de acordo com Haddad, o governo tem condições de zerar o déficit fiscal em dois anos e falou sobre o plano apresentado nesta semana que visa melhorar a arrecadação para reduzir esse déficit, que passa dos R$ 231 bilhões no orçamento de 2023.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), garantiu nesta segunda-feira (16), durante reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o governo federal também vai trabalhar para acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e defendeu à necessidade da reforma tributária ainda neste ano.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), publicou em agosto do ano passado, ainda em sua gestão, um decreto que garantiu a redução de 35% da alíquota do IPI em vários itens produzidos no Brasil. Assim, o presidente Lula decidiu manter essa redução, e segundo Alckmin a meta é o fim do imposto ainda no primeiro ano de mandato do petista.
Portanto, de acordo com Alckmin, a reforma tributária é a ”Central” para promover o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por meio da simplificação da cobrança de impostos.