Publicidade

Redução do ICMS sobre o combustível é rejeitada por prefeitos

Por 3 anos atrás

Após se reunirem com o governador Ronaldo Caiado (DEM) na tarde desta quinta-feira (19/08), os prefeitos das cidades do interior do Estado não ficaram satisfeitos com as soluções apresentadas para a redução do ICMS dos municípios numa tentativa de reduzir o preço do combustível. O preço da gasolina já é uma das maiores do país. Eles entendem que não é reduzindo o imposto que haverá uma solução direta na na bomba para o motorista. 

Fontes ouvidas pelo Diário de Goiás relataram que apesar do descontentamento momentâneo, a discussão continuará nesta sexta-feira (20/08). Presidentes da Associação Goiana dos Municípios (AGM) e Federação Goiana dos Municípios (FGM) vão se reunir em um café da manhã com o governador. Uma nota após o encontro será publicada com as definições e as diretrizes adotadas. Até o momento, no entanto, os mandatários municipais não abrem mão do imposto.  Há explicações: a gasolina representa 28% do tributo sobre a gasolina e apenas 12% para o etanol. Abrir mão disso, na prática, é largar arrecadação para as cidades e entregar quase nenhum resultado final no preço da bomba do posto: é caçar gato com lebre e não resolve o problema que a população clama por solução.

Publicidade

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Martins de Castro Andrade, destaca isso. É preciso entender que o tributo não é o responsável pelos sucessivos aumentos dos combustíveis. “O que tem que ficar claro é que não foi o ICMS que elevou os preços a esses patamares, não foi ele o causador. Impostos no Brasil, não só em Goiás, são elevados, tem um preço muito grande nos combustíveis , é uma política nacional que foi adotada pelos estados e não só nos combustíveis”, pontuou Márcio.

Publicidade

O advogado tributarista e vice-presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, Frederico Medeiros, também faz coro à Andrade. “Pois bem, em relação ao ICMS, vê-se que, a depender do combustível, ele é responsável pelo valor percentual de 12% a 28% do valor total do preço repassado ao consumidor final”, pondera. Uma redução nesses tributos pouco faria diferença na composição do valor na bomba de combustível.

Publicidade

Ele destaca que apesar da OAB-GO não ter sido demandada sobre a questão acompanha de perto o debate que visa “reduzir a carga tributária do ICMS incidente sobre os combustíveis para garantir a representação e defesa dos interesses dos contribuintes goianos.”

Publicidade
Compartilhar
Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.